De janeiro a maio de 2021, 615.95 km² foram desmatados no Amazonas, ou seja, 67,4% a mais que o mesmo período de 2020, quando foram desmatados 367.79 km² de área, apontam os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Com isso, o Amazonas é o segundo estado mais desmatado da Região Norte, atrás apenas do Pará, que teve 949.71 km² de área perdida nos cinco primeiros meses deste ano. O município de Lábrea é o mais desmatado, com 185.60 km².
Vale destacar que a Amazônia é a grande vitrine do Brasil para o mundo e, por esse motivo, o desmatamento é um problema não só para o Norte e suas populações, mas por causa da emissão de gases de efeito estufa e a fuga de investimentos. O secretário-executivo do Observatório do Clima, Márcio Astrini, explicou que a manutenção das florestas contribuiria com a imagem internacional do Brasil, aumentando a competitividade de produtos exportados rastreáveis.
Municípios mais desmatados no AM em 2021
- Lábrea/AM: 185.60 km²
- Apuí/AM: 146.15 km²
- Novo Aripuanã/AM: 75.73 km²
- Humaitá/AM: 44.06 km²
- Canutama/AM: 40.97 km²
- Manicoré/AM: 34.57 km²
- Maués/AM: 28.49 km²
- Boca do Acre/AM: 26.29 km²
- Tapauá/AM: 14.72 km²
- Pauini/AM: 6.92 km²
Municípios mais desmatados no AM em 2020
- Apuí/AM: 110.62 km²
- Lábrea/AM: 107.38 km²
- Boca do Acre/AM: 27.86 km²
- Humaitá/AM: 27.39 km²
- Canutama/AM: 22.55 km²
- Novo Aripuanã/AM: 18.11 km²
- Manicoré/AM: 17.00 km²
- Pauini/AM: 6.96 km²
- Borba/AM: 4.32 km²
- 10º – Utai/AM: 2.58 km²
Queimadas
Enquanto o desmatamento aumenta no Amazonas, as queimadas apresentam queda. De janeiro a maio de 2021, foram registrados 4.082 focos. Em 2020, foram 5.655 focos no mesmo período.