Boletim de MONEY REPORT sobre questões ambientais, sociais e de governança no mundo dos negócios
Alerta de garimpo ilegal na Terra Yanomami zera pela 1ª vez em 3 anos
Os garimpos ilegais na Terra Indígena Yanomami atingiram marca de zero alertas pela primeira vez desde 2020, apontou um monitoramento por satélite da Polícia Federal. Segundo os dados divulgados na terça-feira (20), o território permaneceu livre de novas áreas de exploração por 33 dias consecutivos. A PF deflagrou em 10 de fevereiro a Operação Libertação, junto com as Forças Armadas, Ibama, Polícia Rodoviária Federal e órgãos ambientais, após vir à tona a calamidade humanitária na terra indígena. A presença de agentes na região afugentou grande parte dos garimpeiros ilegais.
Como narcotráfico e crimes ambientais estão conectados
Comunidades da floresta, periferias rurais e regiões do interior do Brasil estão cada vez mais conectadas às redes nacionais e internacionais do crime organizado, a ponto de não fazer mais sentido diferenciar violência urbana e rural. A conclusão é do estudo “Além da floresta: crimes socioambientais nas periferias”, divulgado na segunda-feira (19) pela Rede de Observatórios da Segurança. O projeto reúne pesquisadores do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania.
Brasil estoca no solo 70 anos de emissões de CO2
Mapeamento do MapBiomas indica que o Brasil estoca no solo o equivalente a 70 anos de emissões de dióxido de carbono (CO2) do país. A entidade avalia que esta informação reforça a necessidade de preservação da cobertura de vegetação nativa dos biomas brasileiros. O CO2 é um dos principais responsáveis pelo efeito estufa. Do total estimado de 37,5 bilhões de toneladas (gigatoneladas – Gt) de carbono orgânico presentes no solo (COS) do Brasil em 2021, quase dois terços (63%) estão estocados em áreas de cobertura nativa estável (23,4 Gt COS). Apenas 3,7 Gt COS estão em extensões ocupadas pelo homem.
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Macron promete US$ 1 bi atrasados aos emergentes
O presidente da França, Emmanuel Macron, anunciou na sexta-feira (23), na Cúpula para Novo Pacto Financeiro Global, em Paris, que os países desenvolvidos destinarão um total de US$ 100 bilhões para ações de combate às mudanças climáticas e proteção ambiental em países em desenvolvimento. Essa promessa de repasse de recursos foi inicialmente feita em 2009 e endossada no Acordo de Paris, porém os pagamentos não são feitos desde 2020.
Secretário do Tesouro diz que governo irá emitir títulos “verdes”
O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, disse à CNN Brasil que o governo federal planeja emitir títulos públicos “verdes” em setembro, após a aprovação do arcabouço fiscal e da reforma tributária. O secretário afirmou que o principal objetivo da medida é marcar “a presença brasileira na agenda de transição ecológica.” “Temos a necessidade de montar um arcabouço, que é um conjunto de compromissos que são anexados aos títulos sustentáveis que serão emitidos. É um compromisso do emissor, no caso do governo federal, com uma agenda de sustentabilidade”, afirmou o secretário.
Porta-contêineres adaptado para navegar com metanol verde
A dinamarquesa Maersk fará a adaptação de um de seus navios para torná-lo uma embarcação a bicombustível, isto é, além do combustível convencional, seu motores funcionarão com metanol de origem renovável. É a primeira companhia naval a fazer essa conversão. O primeiro retrofit de motores está programado para meados de 2024. A operação deve ser replicada em embarcações semelhantes após a revisão de resultados programada para 2027.
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Homens ganhavam 16,3% a mais que elas em 2021
O público masculino seguiu com larga maioria nos empregados empresas e, pior, com uma média salarial 16,3% maior que a das mulheres em 2021, indica um levantamento do Cadastro Central de Empresas (Cempre), divulgado na quarta-feira (21) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O estudo mostra que naquele ano os homens receberam, em média, R$ 3.484,24, enquanto as mulheres, R$ 2.995,07. O salário médio pago pelas empresas teve queda em 2021, passando de R$ 3.353,07 para R$ 3.266,53.
Nestlé lidera como a melhor empregadora no Brasil
A Nestlé emergiu como a melhor marca empregadora do Brasil, de acordo com o ranking anual da multinacional de recursos humanos Randstad. A pesquisa contou com a participação de mais de 4 mil entrevistados, variando entre 18 a 64 anos. O estudo revelou um descompasso entre o que os funcionários procuram em um emprego e o que as empresas oferecem. “Equilíbrio entre vida profissional e pessoal, progressão de carreira, salário e benefícios atrativos, os três principais aspectos que definem um empregador ideal, figuram respectivamente apenas nas 8ª, 9ª e 10ª posições na realidade das empresas”, comenta Fabio Battaglia, CEO da Randstad Brasil.
Metade das denúncias em empresas envolvem assédio e abusos
Uma pesquisa da Iaudit, especializada em canais de denúncias, auditorias e compliance, constatou que 48% das denúncias registradas em 2022 foram relacionadas a assédio moral, abuso de poder e desvios de comportamento no ambiente corporativo. A seguir vieram desvios de conduta, reclamações e assuntos de recursos humanos, com 23,7%, enquanto conflitos de interesses e favorecimentos somaram 5,76% e relatos de assédio sexual, 3,14%.
Toyota apoia Rede Mulher Empreendedora
A Toyota do Brasil anunciou uma parceria com a Rede Mulher Empreendedora (RME), projeto que há 13 anos trabalha pela diversidade e inclusão. A rede desenvolve projetos em parceria com grandes marcas por meio de ações pela responsabilidade social, marketing alinhado à causas, treinamento de colaboradores e conexões com fornecedores, a RME tem apoiado milhares de mulheres e famílias.
Brasil poderá ganhar com realinhamentos produtivos, diz Cioffi, da PwC
Debatedor convidado do Business Day de Money Report, o sócio e líder de Mercados e Clientes da PwC Brasil Marcelo Cioffi participou do debate “Os Desafios e Metas Brasil 2030”. Ele foi um dos coordenadores de uma pesquisa global com CEOs que determinou que 40% acreditam que os modelos de negócios que dirigem deixarão de ser viáveis nos próximos dez anos sem uma mudança de curso – o resultado entre os brasileiros foi um pouco inferior. “Isso mostra a necessidade de transformar as empresas lidando com desafios de curto prazo, como instabilidade macroeconômica, inflação e conflitos, e se preparar para o futuro”, diz. Cioffi considera que as novas questões geopolíticas podem ser benéficas para o Brasil, que poderá se beneficiar de realinhamentos das cadeias produtivas globais produzindo alimentos sustentáveis e energia limpa.