Boletim de MONEY REPORT sobre questões ambientais, sociais e de governança no mundo dos negócios
Google processada por preconceito racial
Uma ex-funcionária do Google processou a empresa na sexta-feira (18), alegando discriminação sistemática de trabalhadores negros, colocando-os em posições de nível inferior, pagando-os mal e negando-lhes oportunidades de ascensão profissional. A queixa foi apresentada no tribunal federal em San Jose, Califórnia. De acordo com a queixa, o Google mantém uma “cultura corporativa racialmente tendenciosa” que favorece homens brancos, onde os negros representam apenas 4,4% dos funcionários e cerca de 3% da liderança e da força de trabalho em tecnologia. A queixosa, April Curley, também apontou que a unidade da Alphabet submeteu os negros a um ambiente de trabalho hostil, inclusive exigindo que eles mostrassem identificação ou fossem questionados pela segurança em seu campus em Mountain View, Califórnia.
Obra da Amazon em área sagrada é suspensa
Um tribunal sul-africano interrompeu a construção da nova sede da Amazon na Cidade do Cabo depois que representantes dos povos tradicionais alegaram que a área é sagrada. A divisão Western Cape do Supremo Tribunal proibiu o desenvolvedor do projeto de continuar com os trabalhos até que houvesse envolvimento e consulta dos afetados. “Este assunto, em última análise, diz respeito aos direitos dos povos indígenas… O direito fundamental à cultura e ao patrimônio dos grupos indígenas, mais particularmente os povos khoi e san, das First Nations, estão ameaçados na ausência de uma consulta adequada”, afirmou a juíza Patricia Goliath.
Amazônia terá sistema de dados sobre aquecimento
Uma plataforma de livre acesso está sendo desenvolvida no Centro de Pesquisa para Inovação em Gases de Efeito Estufa (RCGI), na Universidade de São Paulo (USP). Com ampla diversidade de dados sobre as emissões na Amazônia, a plataforma prtende agregar variáveis que controlam o ciclo do carbono, além de possibilitar análises e ajudar nos estudos do papel da região no clima global. O financiamento é da Shell e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). O coordenador do projeto, Paulo Artaxo, informou que a ferramenta deve ficar pronta em até três anos. No entanto, ao final deste ano, ele prevê que os primeiros dados já estejam disponíveis e que seja possível acompanhá-los. Artaxo é professor do Instituto de Física da USP e um dos pesquisadores principais no RCGI.
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Suzuki investirá US$ 1,3 bi na Índia
A japonesa Suzuki planeja investir cerca de 150 bilhões de ienes (US$ 1,26 bilhão) para produzir veículos elétricos e baterias na Índia. O primeiro-ministro japonês Fumio Kishida visitou o país no sábado (19), quando participou de um encontro formal com seu colega indiano Narendra Modi. O plano de investimento da Suzuki fez parte de um anúncio de Kishida sobre planos de investir 5 trilhões de ienes nos próximos cinco anos na Índia.
Porsche eleva meta de elétricos
A Porsche obteve fortes resultados em 2021. Foram 301.915 veículos entregues, superando a marca de 300 mil pela primeira vez na história da empresa. A receita atingiu € 33,1 bilhões (US$ 36,7 bilhões) e o lucro operacional, € 5,3 bilhões (US$ 5,9 bilhões), um salto de 27%. Mas o que interessa aos analistas e investidores é como a montadora alemã vai organizar sua produção de veículos elétricos (EVs). No ano passado quase 40% dos veículos entregues na Europa já eram pelo menos parcialmente elétricos. A meta é expandir globalmente com rapidez. “Em 2025, espera-se que metade de todas as novas vendas da Porsche venham de veículos elétricos – ou seja, totalmente elétricos ou híbridos plug-in”, informou o CEO da Porsche, Oliver Blume (imagem), em comunicado.
VW formará joint ventures para baterias elétricas
A Volkswagen Group China divulgou nesta segunda-feira (21) um plano para estabelecer duas joint ventures com a Huayou Cobalt e a Tsingshan para garantir as matérias-primas para a fabricação de baterias para seus veículos elétricos. A medida faz parte de um esforço de € 30 bilhões (US$ 33 bilhões) da segunda maior montadora do mundo para construir uma rede de fábricas de células de bateria a fim de garantir o fornecimento sm o risco de rupturas na cadeia de fornecimento.
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B.O.B seu hidratante em barra sem plástico
Após anos trabalhando em grandes companhias, os amigos de infância Andreia Quercia e Victor Falzoni decidiram empreender em algo que fosse sustentável e com propósito. Ao investigar modelos de negócios no Brasil e em outros países, decidiram pela fundação da startup de higiene e beleza B.O.B (Bars Over Bottles, ou Barras Em Vez de Garrafas em tradução livre), com a missão de ser zero plástico e ter o menor uso de água possível. A empresa nasceu em 2019, com investimento próprio. O resultado é um hidratante sólido. “Nossa ideia era criar uma marca que reduzisse o impacto ambiental. Vimos o quanto de lixo o varejo e a indústria geram e não queríamos algo parecido. Além disso, em média, 80% do volume do xampu líquido é água consumida na cadeia de suprimentos”, diz Falzoni.
Eve ganha parceiro energético
A Acciona investirá US$ 30 milhões e se juntará ao grupo de investidores estratégicos da Eve, empresa de aeronaves urbanas elétricas da Embraer. Como parte do acordo, José Manual Entrecanales, presidente e CEO da Acciona, se tornará um dos sete membros do conselho de administração após a listagem da Eve na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE), que está prevista para o segundo trimestre de 2022. O acordo também beneficiará novas iniciativas industriais, incluindo vertiportos, contratos de compra de energia, soluções de carregamento de bateria e manuseio, acrescenta o comunicado.