Entre janeiro e março deste ano, foram registrados na CCEE 1,4 mil novos pontos de consumo
No primeiro trimestre deste ano, houve um aumento de 30% no número de novas unidades consumidoras no mercado livre de energia do Brasil, mantendo o ímpeto de crescimento observado anteriormente.
A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) afirmou que este crescimento continuará antes da esperada abertura para um universo maior de consumidores a partir de 2024, quando as taxas de migração devem acelerar.
Durante o período de janeiro a março, a CCEE registrou 1,4 mil novos pontos de consumo, elevando o número total de consumidores habilitados a negociar livremente a compra de energia junto a qualquer fornecedor, comercializador ou gerador, conhecido como “ACL”, para 32 mil.
Mesmo com a maioria dos consumidores qualificados, como grandes indústrias e shoppings, já tendo migrado, o mercado livre de energia no Brasil continua a expandir de forma “constante e sustentada”, de acordo com Rui Altieri, que deixou recentemente o conselho da CCEE após oito anos. Em 2015, quando Altieri iniciou seu mandato, havia quase 3,9 mil pontos de consumo ligados ao ACL, um número que agora ultrapassa 32 mil.
Esse crescimento é resultado de diversos fatores, incluindo preços mais atraentes em comparação com o mercado regulado, a criação de novos produtos para os consumidores do ACL e a contratação crescente de usinas renováveis para o consumo desse mercado. Atualmente, o ACL representa quase 40% da demanda nacional de energia elétrica, apesar de englobar um número significativamente menor de consumidores do que o mercado cativo, que inclui principalmente residências e pequenas empresas.
Espera-se que o ritmo de crescimento acelere significativamente após janeiro de 2024, quando a barreira de 500 kilowatts dos consumidores de alta tensão será superada, permitindo que cerca de 100 mil novos consumidores de menor porte, como padarias e pequenos comércios, migrem para o ACL. Embora a CCEE não tenha projeções precisas para o ritmo de migração, espera-se uma aceleração das taxas.