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Mulheres sustentam 71% dos lares, aponta fintech

Levantamento da Provu traçou o perfil financeiro das líderes de família e identificou suas prioridades

Na data em que é celebrado o Dia Internacional da Mulher, a fintech de crédito Provu divulgou um levantamento que traça um recorte sobre como as elas atuam na gestão das finanças do lar. O tradicional papel do provedor masculino virou ficção. Entre as mulheres que utilizam a plataforma de crédito da fintech 71% afirmam ser a principal fonte de renda de suas casas.

De acordo com o levantamento, além de identificar uma parcela alta de mulheres assumindo as despesas domésticas, foi possível perceber que há uma preocupação genuína em fugir da inadimplência: quando perguntadas sobre prioridades financeiras, 72,6% focaram em manter as contas em dia; 10,3% trabalham para evitar dívidas; 6,9% buscam aumentar a renda; 6,5% caminham para a independência financeira; e apenas 3,7% buscam investir ou juntar dinheiro.

Essa média supera as apontadas pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que em 1995 identificou que 25% dos lares eram geridos por mulheres. Em 2018, esse índice era de 45%. As causas se devem, principalmente, ao crescimento da participação feminina no mercado de trabalho. Os resultados do próximo censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) podem indicar um resultado próximo ao obtido pela Provu.

“A busca da independência financeira é o primeiro passo para que ela se torne provedora da casa e, depois, consiga administrar as finanças para poupar e pensar no futuro financeiro de sua família. Ainda há muito caminho a ser percorrido, que ultrapassa a análise comportamental da mulher em relação ao dinheiro, como questões sociais, empregabilidade, maternidade, jornadas de trabalho, por exemplo. Então, saber lidar com o dinheiro é uma variável importantíssima para considerar o avanço da luta da mulher por um lugar de equidade na sociedade” afirmou a gerente de Política de Crédito da fintech, Cristiana Nunes.

Ao serem questionadas sobre como se organizam financeiramente, 73,2% disseram anotar todos os gastos e entradas de dinheiro em cadernos ou planilhas; 13,5% fazem uso de aplicativos para gerir suas finanças; e apenas 6,8% disseram não se organizar financeiramente. Em relação a investimento, 69,9% das mulheres afirmaram que não o fazem, e entre as que responderam que investem seus recursos, poupança aparece como alternativa mais usada (43,8%), seguida de CDB – Certificado de Depósito Bancário (17,4%) e Fundos de Renda Fixa (11,9%).

Mais da metade das mulheres (57,7%) revelaram já ter pedido crédito, e a principal motivação foi para quitar dívidas (47,2%), seguido de investir em uma empresa já existente (14,5%) e reforma da casa (8,5%). Sobre o perfil das mulheres que responderam à pesquisa, a maioria tem entre 25 e 44 anos, mora na região Sudeste (44%), possui ensino médio completo (31,8%) e trabalha com carteira assinada (56,4%).

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