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Tímido corte de metano; carne plant-based do Outback; líderes mulheres focadas no ESG

Boletim de MONEY REPORT sobre questões ambientais, sociais e de governança no mundo dos negócios

Brasil poderia reduzir emissões de metano em 36% até 2030

O Brasil se comprometeu no ano passado a colaborar com uma meta mundial de redução de 30% nas emissões de gás metano até 2030. Mas, no ritmo atual, deve chegar ao fim da década com uma alta de 7% nas emissões desse gás, a segunda substância que mais contribui com o aquecimento do planeta e é proveniente, principalmente, da agropecuária. É o que indica uma análise divulgada na segunda (17) pelo Observatório do Clima a partir de cálculos do Seeg (Sistema de Estimativas de Emissoes de Gases de Efeito Estufa) que avaliou a trajetória atual de emissões do gás. O trabalho considerou também o potencial de redução de emissões de uma série de medidas já disponíveis no país e concluiu que, se elas forem adotadas amplamente, levariam a uma redução de 36% do problema.

Outback anuncia costela 100% vegetal

O Outback Steakhouse anunciou na segunda-feira (17), um novo prato em seu cardápio: “Royal Plant Barbecue”. Baseado na tradicional costela da rede, a nova receita quer atender os consumidores que buscam opções totalmente vegetais. O novo prato foi desenvolvido em parceria com a Incrível!, marca plant-based do Grupo JBS, que tem no portfólio opções de snacks, pratos prontos e cortes para o dia a dia. 50% dos brasileiros afirmaram ter reduzido o consumo de proteína animal no fim de 2020, mostra pesquisa feita pelo Ibope e coordenada pelo The Good Food Institute (GFI).

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Compensação de carbono por aéreas ainda é insuficiente

De olho na execução de leis, projetos e promessas envolvendo as metas climáticas, a Carbon Market Watch, uma organização sem fins lucrativos que tem entre seus financiadores a própria União Europeia, diz em novo estudo que as principais companhias aéreas da região estão deturpando discursos para os consumidores ao alegar que podem voar sem culpa ao usar as compensações de carbono para neutralizar o impacto ambiental de suas viagens. Sem considerar a queda temporária que aconteceu durante a pandemia, as emissões das companhias aéreas aumentaram consideravelmente nas últimas duas décadas e, se não forem controladas, podem triplicar até 2050. No mundo, a indústria gera cerca de um bilhão de toneladas de CO2 por ano – comparável às emissões do Japão, que é a terceira maior economia do mundo.

Renováveis freiam aumento das emissões de CO2 em 2022

Apesar das preocupações com os efeitos da crise energética, as emissões globais de carbono oriundos da queima de combustíveis fósseis devem crescer pouco menos de 1% em 2022 em todo o mundo por causa da expansão das energias renováveis e dos veículos elétricos. É o que aponta uma análise publicada pela IEA (Agência Internacional de Energia, sigla em inglês), que mostra  que as emissões de CO2 devem aumentar em cerca de 300 milhões de toneladas em 2022 – um crescimento muito menor que o salto de quase 2 bilhões de toneladas em 2021. “O aumento das emissões globais de CO2 este ano seria muito maior – mais do que triplicaria para chegar perto de 1 bilhão de toneladas – não fosse pelas grandes implantações de tecnologias de energia renovável e veículos elétricos em todo o mundo”, frisa o estudo. 

Governo define diretrizes para lançamento de projetos eólicos offshore

O Ministério de Minas e Energia publicou na quinta-feira (20) portarias que avançam com a regulamentação da geração de energia eólica offshore no Brasil, enquanto empresas como Shell e Neoenergia aguardam maior segurança regulatória para iniciar projetos. Uma das portarias define normas e procedimentos complementares da cessão de uso de áreas fora da costa (offshore) para geração de energia elétrica, além de delegar à agência reguladora Aneel competências para firmar os contratos de cessão de uso. Em outra portaria, o governo estabeleceu a criação de um portal digital para gestão das áreas offshore. Segundo o ministério, o balcão único servirá para acompanhamento do uso do bem público e da evolução dos projetos pela sociedade, investidores e interessados em desenvolver empreendimentos da fonte no Brasil.

Caixa e Absolar firmam parceria para ampliar crédito ao setor solar

A Caixa Econômica Federal e a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) assinaram uma parceria que prevê a ampliação da oferta de linhas de crédito para o setor fotovoltaico brasileiro. Os recursos e serviços bancários disponibilizados visam viabilizar novos investimentos em geração própria a partir da fonte solar em todo território nacional. A iniciativa também busca estimular a criação de mais empregos e renda para a população, bem como o desenvolvimento de novas oportunidades de negócio para empreendedores.  O presidente executivo da Absolar, Rodrigo Sauaia, destaca que, desde 2012, a geração própria de energia solar já trouxe ao Brasil mais de R$ 73,9 bilhões em novos investimentos, gerando de mais de 405 mil empregos e proporcionando a arrecadação de mais de R$ 17,2 bilhões aos cofres públicos. 

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Exame: na Nestlé, 40% das vendas vem do empreendedorismo delas

Ao completar 100 anos no Brasil, a Nestlé tomou algumas decisões estratégicas com o objetivo de modernizar a comunicação com o seu público-alvo. Mas com um portfólio extenso e alcance nacional, era de se esperar que essa ideia fosse de certa complexidade. O jeito foi mirar em uma marca específica e que fosse capaz de traduzir o desejo da multinacional em entender as necessidades de quem adquire os produtos na ponta. A escolhida para liderar esses esforços foi a marca de leite condensado Moça. A atenção ao empreendedorismo feminino é uma virada de chave que, segundo Natália Goivinho, gerente de marketing consumidor da marca Moça na Nestlé, começou sem razão aparente na empresa. “Foi uma questão de entender a importância dessas mulheres para a marca, e isso bastou para que entendessemos que era hora de criar estratégias para alcançá-las como nunca havíamos feito antes, em cem anos”.

Empresas lideradas por mulheres focam mais no ESG

De acordo com o estudo “S de ESG – Governança Social para Startups”, criado em parceria com a venture WE Impact, as startups com mais mulheres na liderança olham com mais atenção para o assunto. Empresas com mulheres líderes tem 54% de desempenho na área ambiental, 53% na social e 48% em governança. Em empresas sem mulheres em posição de liderança, os percentuais caem para 40%, 42% e 46%, respectivamente. Nos dados levantados pelo relatório, empresas com maior número de mulheres em cargos de liderança têm maior abertura a mudanças, menor propensão a riscos e foco maior em inovação, fatores que abrem mais portas para as mudanças propostas pelas políticas de ESG. “72% das empresas com mulheres no conselho têm notas de ESG elevadas. Naquelas em que não há presença feminina, apenas 24% alcançaram um bom desempenho”, afirma a KPMG em seu estudo.

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