Boletim de MONEY REPORT sobre questões ambientais, sociais e de governança no mundo dos negócios
Primeiro trator para PCDs
A New Holland lançou o primeiro trator acessível de fábrica para pessoas com deficiência (PCD) motora nos membros inferiores. O TL5 é produzido na unidade da empresa em Curitiba, no Paraná, e começará a ser vendido em outubro. “As pessoas com deficiência, inclusive as que vivem e trabalham no campo, querem ter autonomia para realizar suas atividades. O trator acessível permitirá eliminar barreiras que hoje impossibilitam muitos agricultores de acessarem o posto de operação de uma máquina”, afirmou Eduardo Kerbauy, vice-presidente da New Holland para a América Latina.
ESG: 81% dos gestores de MPEs desconhecem o conceito
De acordo com o levantamento “O Engajamento dos Pequenos Negócios Brasileiros às práticas ESG”, divulgado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) nesta terça-feira (15), cerca de 81% dos gestores de micros e pequenas empresas afirmaram desconhecer o termo ESG (sigla em inglês que designa ambiental, social e governança). Sobre as pressões para que as empresas adotem as práticas ESG, a cobrança pelas ações relacionadas à governança se destacam com 36%, enquanto as ligadas aos temas ambientais têm 30% e as relacionadas à tópicos sociais, 29%. Os percentuais, de acordo com o estudo, são considerados baixos. Apesar da pouca familiaridade com a sigla e o tema, a maioria dos donos de pequenos negócios afirmaram adotar práticas alinhadas a esses pilares. Os índices registrados correspondem, respectivamente, a 75%, 56% e 87% para cada letra .
McDonald’s remove sigla de seu site nos EUA
O McDonald’s começou a retirar, discretamente, o termo ESG de seu site nos Estados Unidos. Esse movimento acontece em um momento em que temáticas ambientais, sociais e de governança têm gerado críticas das alas conservadora dos partidos Republicano e Democrata. De acordo com análise da Bloomberg News, na seção “Propósito & Impacto” foram removidas diversas menções. A página “ESG Approach & Progress” agora se chama “Our Approach & Progress”. A maior parte dos textos, contudo, permanecem inalteradas. O MCDonald’s não comentou sobre as mudanças, mas reafirmou seu comprometimento em relatar anualmente o progresso em relação às iniciativas sociais e ambientais. A rede divulgou uma dessas atualizações no início de agosto.
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B3 lança índice de diversidade de gênero e raça
Depois de lançar indicadores como o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE), a B3 anunciou na terça-feira (15) o Idiversa B3, primeira relação latino-americana a combinar em um único local critérios de gênero e raça para categorizar empresas da carteira. “Diferentemente de outros índices já existentes que olham só para gênero ou raça, estamos trabalhando com uma tese de agrupamento ao considerar os dois grupos socialmente minorizados. Isto deve ajudar a induzir práticas ESG no mercado e trazer mais uma tese de investimento”, diz Ana Buchaim, vice-presidente de pessoas, marketing, comunicação, sustentabilidade e investimento social privado da B3.
Petrobras investe em hidrogênio verde e eólicas offshore
A estatal Petrobras enxerga potencial para a produção de hidrogênio verde Power to X (PtX, conversão de energia renovável em outras fontes) por meio de usinas eólicas offshore. As instalações ficarão distribuídas no extremo Sul, Sudeste e Nordeste para abastecer os mercados interno e global, disse o gerente de Energia Renovável da petroleira, Daniel Pedroso, que participou nesta segunda-feira (14) da série “Diálogos da transição sobre eólicas offshore”, promovida pela agência especializada EPBR. “Vemos uma potencial integração da eólica offshore à cadeia do hidrogênio verde PTX, o que significa um grande potencial de inclusão de geração renovável a cadeias globais. É o que a gente faz hoje com o [petróleo] pré-sal”, disse Pedroso.
1ª estação de abastecimento de hidrogênio renovável do mundo em SP
Foi lançado o projeto da primeira estação de abastecimento de hidrogênio renovável a partir do etanol do mundo. Quando finalizado, em julho de 2024, a unidade produzirá 4,5 quilos (kg) de hidrogênio por hora, o que seria capaz de abastecer três ônibus que circularão pela Universidade de São Paulo (USP). O plano é avaliar por dez meses o funcionamento para então implantar uma fábrica que produzirá 45,5 quilos (kg) de hidrogênio por hora. A estação é resultado de um projeto do Centro de Pesquisa para Inovação em Gases de Efeito Estufa (RCGI), da Poli-USP, em parceria com Shell Brasil, Raízen, Hytron, Senai Cetiqt e Toyota.
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Incêndios florestais no Havaí causam prejuízo de US$ 1,3 bi
Os incêndios florestais devastadores na ilha de Maui, no Havaí, causaram pelo menos US$ 1,3 bilhão em danos, de acordo com uma estimativa preliminar recente da CoreLogic. A empresa de pesquisa que avalia dados imobiliários descobriu que a maioria dos danos materiais ocorreu em Lahaina, um centro turístico e econômico onde vivem pelo menos nove mil pessoas. A CoreLogic estima que mais de 2.808 casas precisem ser reconstruídas ao custo de US$ 1,1 bilhão. A localidade de Pulehu sofreu prejuízos de US$ 147 milhões em danos, enquanto Pukalani, US$ 4,2 milhões.
MONEY REPORT | Agenda de Líderes – III ESG Day
Schalka fala sobre a importância de monetizar o carbono
A abertura de “MONEY REPORT | Agenda de Líderes – III ESG Day” realizado na manhã de 10 de agosto (quinta-feira), foi de Walter Schalka, CEO da Suzano. Sua apresentação girou em torno da temática crucial da monetização do carbono e sua relevância no contexto empresarial e ambiental. O CEO da Suzano ressaltou a importância da transparência e da prestação de contas no processo de monetização da captura de carbono. Ele mencionou a necessidade de métricas sólidas e padronizadas para quantificar as reduções de emissões e garantir a integridade de um sistema de precificação acessível e estável. Isso, por sua vez, poderia promover a confiança dos investidores, stakeholders e consumidores, criando um ambiente propício para o crescimento sustentável da modalidade.
Consumo e saneamento estão na raiz do ESG
No primeiro painel do “III ESG Day”, os palestrantes debateram a relação entre consumo e saneamento como pilares fundamentais da tríade ESG (ambiental, social e governança). Durante as discussões, foi explorado como o consumo responsável e o acesso ao saneamento básico desempenham papéis cruciais na construção de estratégias empresariais alinhadas com princípios ESG como parte integrante das operações em uma país com agudas desigualdades.
O painel foi conduzido por Edison Carlos, representante do Instituto Aegea, Estevan Sartoreli da Dengo Chocolates e Martha Leonardis, do BTG Pactual. Os debatedores foram Antônio Lacerda (Basf), Carlos Prado (Tour House), Guilherme de Paula (Brasfrotas) e Rafael Tello (Ambipar), sob a mediação do publisher de MR, o jornalista Aluizio Falcão Filho.
Como o agro poderá dobrar a produção reduzindo emissões
O painel de encerramento do MONEY REPORT | Agenda de Líderes “III ESG Day” destacou a importância de reduzir o consumo de recursos naturais, combater as mudanças climáticas e promover a justiça social. Os debatedores também discutiram a importância da transparência para as empresas. O painel trouxe perspectivas diferentes sobre o tema e contribuiu para o debate sobre o futuro do desenvolvimento sustentável.
As apresentações ficaram com Carlo Pereira (Pacto Global da ONU), Daniel Randon (Randoncorp), Rogério Carvalho (senador PT-SE) e Wilson Ferreira (Eletrobras). Os debatedores foram Antônio Lacerda (Basf), Carlos Prado (Tour House), Guilherme de Paula (Brasfrotas) e Rafael Tello (Ambipar Group), sob a mediação do publisher de MR, o jornalista Aluizio Falcão Filho.