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Ajuda ou atrapalha? Fase de Neymar na seleção é contestada

Por Toby Davis

SAMARA (Reuters) – Chamado de egoísta e dramático demais, Neymar têm tido tantas dificuldades na Copa do Mundo que os críticos do jogador mais caro do mundo estão começando a ser ouvidos, no momento em que a seleção brasileira se preparara para enfrentar o México pelas oitavas de final, na segunda-feira.

Enquanto apoiadores ressaltam as façanhas de Neymar no passado e apontam para a lesão no pé sofrida em fevereiro que o tirou de atividade até junho, prejudicando seu ritmo de jogo, seus críticos têm o apoio dos números para questionar o jogador.

Depois de três jogos com desempenhos abaixo do esperado, onde seus erros o fizeram parecer mais um atleta que tentava ser o centro das atenções do que um jogador que buscava voltar à sua forma e ajudar sua equipe, as perguntas sobre seu papel no time se tornaram cada vez mais frequentes. 

De acordo com a Fifa, Neymar tentou mais dribles do que qualquer outro jogador na Rússia, com 42 tentativas, 14 a mais que o rival mais próximo, o argentino Lionel Messi.  

No entanto, uma das coisas mas frustrantes em assistir aos jogos da fase de grupos do Brasil foi a persistência das tentativas de Neymar em driblar, e, sem surpresa, as estatísticas mostram um retrato péssimo sobre sua performance. 

Neymar perdeu a bola 84 vezes no torneio, o que, depois da vitória de 2 x 0 do Brasil sobre a Sérvia no último jogo do Grupo E, foi 22 vezes mais do que qualquer outro jogador, de acordo com a empresa de dados esportivos Opta. 

Se as outras partes de seu jogo ainda estivessem afiadas, ele ainda poderia ser perdoado pelas extravagâncias com a bola. Ainda assim, sua ineficiência diante do gol também é motivo de preocupação. 

O atleta de 26 anos teve 18 “oportunidades de gol”, de acordo com a Fifa, mais do que qualquer outro no torneio, e ainda assim marcou apenas uma vez. O português Cristiano Ronaldo teve 10 e marcou quatro vezes. 

Além disso, o torneio mostrou a instabilidade emocional de Neymar –depois que ele sentou e chorou após a vitória de 2 x 0 sobre a Costa Rica– e sua tendência de cair ao menor sinal de contato. 

O atacante passou tanto tempo no chão que um bar no Rio de Janeiro ofereceu uma rodada de shots para cada queda de Neymar no jogo contra a Sérvia. Nessa partida, Neymar rolou no chão por exatas quatro vezes e meia antes de parar após sofrer uma falta.

Talvez, como sugere o técnico Tite, ele esteja sentindo o peso de levar sobre os ombros as esperanças da nação mais exigente do mundo do futebol. Ainda assim, suas dificuldades deixam torcedores e críticos pensando se na atual forma ele é uma ajuda ou um obstáculo para uma seleção brasileira que tem outros vários jogadores de destaque. 

Na segunda-feira, o Brasil enfrenta uma seleção mexicana que foi eliminada por seis vezes consecutivas nas oitavas de final, mas que venceu sete dos últimos 15 encontros contra o Brasil, perdendo apenas cinco vezes. 

Há poucas chances reais de que Neymar, um dos principais ícones mundiais do esporte, esteja de fora da partida em Samara — agora cabe a ele mostrar que as preocupações sobre sua fase estão equivocadas.

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