Por Andrew Downie
SOCHI, Rússia (Reuters) – Apenas dois meses atrás, o lateral-direito brasileiro Fagner não sabia se estaria na Copa do Mundo, mas agora ele é a primeira opção para o técnico Tite e garante estar preparado para assumir a responsabilidade.
Em alguns países, a lateral-direita é uma das funções mais marginais, mas no Brasil, onde jogadores como Cafu e Carlos Alberto deram à posição um significado especial, Fagner agora se vê como o inesperado herdeiro do trono.
O jogador do Corinthians foi um dos dois laterais convocados por Tite após a lesão de Daniel Alves, mas as chances de Fagner de atuar foram prejudicadas por causa de uma lesão muscular no final de abril.
No entanto, ele se recuperou, e então uma contusão de Danilo depois do primeiro jogo do Brasil contra a Suíça fez com que Fagner ganhasse uma vaga contra a Costa Rica, na vitória de 2 x 0, na semana passada.
O jogador de 28 anos rejeitou que o nível no Brasil não o prepararia para os jogos de Copa do Mundo e disse que está mais do que pronto para o crucial terceiro jogo do Brasil no Grupo E, contra a Sérvia, na quarta-feira.
“O nível de enfrentamento na seleção, nos treinos, me tranquiliza, possibilita enfrentar qualquer adversário. Você enfrentar Neymar, Douglas Costa, Willian, Taison… Isso te prepara para qualquer situação”, disse ele em entrevista coletiva.
“Todos sabemos como isso é importante. Sabemos da responsabilidade que temos neste jogo, sabemos que será uma partida difícil”, completou.
A longa história de defensores do Brasil atacando pelo flanco direito para marcar gols não deve ser repetida por Fagner, que é conhecido como um jogador mais conservador, mas ele se declarou pronto para seguir os passos dos vencedores.
“Conheço alguns dos grandes jogadores que jogaram na lateral-direita do Brasil e meu objetivo é sempre melhorar a cada dia e, se Deus quiser, deixarei meu nome na história”, disse Fagner.