Por Luke Baker e Julia Echikson
PARIS/BRUXELAS (Reuters) – Será um confronto entre “Asterix” e “Tintin”. Les Bleus (Os Azuis) contra Les Diables Rouges (Os Diabos Vermelhos). França contra Bélgica. Nesta terça-feira, os dois países se enfrentam em uma semifinal da Copa do Mundo, em um jogo com grande dose de rivalidade nacional.
Na França, lojas esportivas rapidamente esgotaram o estoque de camisas da seleção nesta terça-feira, à medida que torcedores se preparavam para a partida que será disputada em São Petersburgo. Na Bélgica, torcedores dos “Diables Rouges” pegaram voos de última hora para a Rússia.
Bares, cafés e restaurantes em Paris e Bruxelas estão se preparando para uma noite de rivalidade.
Sempre houve um grau de tensão amigável entre os dois países, com a França considerando a Bélgica, e sua região francófona de Valônia, como um primo pobre, enquanto os belgas muitas vezes veem a França como arrogante.
Mas essas tensões, que se estendem de comidas e quadrinhos (você prefere o francês “Asterix” ou o belga “Tintin”?) à pronúncia do idioma, serão elevadas ao máximo quando suas seleções se enfrentarem em campo esta terça-feira.
Piorando a rivalidade, Thierry Henry, um herói do futebol francês que ajudou o país a conquistar a Copa do Mundo de 1998, é agora assistente da seleção belga e ficará no banco de reservas do time. Nas redes sociais, Henry tem sido criticado por muitos torcedores franceses como um “traidor”.
“Seu coração estará dividido”, disse o capitão e goleiro da seleção francesa, Hugo Lloris, a mídia local na segunda-feira. “Ele é acima de tudo francês. Mas amanhã, como um profissional, ele irá canalizar toda a sua paixão no time belga”.
Alguns dos jogadores belgas cresceram jogando na França e há membros das duas seleções que jogam nos mesmos times, mas se enfrentarão hoje. Além disso, todos eles falam, ou pelo menos entendem, a mesma língua.