Por Chayut Setboonsarng
CHIANG RAI, Tailândia (Reuters) – No sexto dia de uma busca por 12 meninos e seu técnico de futebol desaparecidos em uma caverna inundada no norte da Tailândia, a polícia começou a lançar kits de sobrevivência através de um duto escavado na encosta da montanha, sem saber se há alguém para recebê-los.
Os meninos, que têm entre 11 e 16 anos de idade, e seu técnico de 25 anos desapareceram no sábado depois de decidirem explorar o complexo de cavernas de Tham Luang, que tem 10 quilômetros de extensão e se localiza na província de Chiang Rai, apesar de um aviso alertando visitantes que o labirinto de passagens e câmaras está sujeito a inundações.
Bicicletas e chuteiras pertencentes aos garotos foram encontradas perto da entrada da caverna, e agentes de resgate acreditam que marcas de mãos no interior do local podem ter sido deixadas pelo grupo — mas a busca não encontrou nenhum outro rastro até agora.
Equipes de resgate internacionais, inclusive uma enviada pelo Comando dos Estados Unidos no Pacífico, estão auxiliando o Exército, a Marinha e a polícia da Tailândia em uma operação de busca que vem sendo prejudicada por chuvas fortes.
A polícia está vasculhando o terreno acima em busca de outras entradas para a caverna enquanto mergulhadores tentam encontrar um caminho pelas passagens inundadas.
Vinte pacotes com água, comida, remédios, lanternas e uma nota destinada aos desaparecidos foram lançados por uma fissura na caverna nesta sexta-feira, informou a polícia.
Incerta da localização dos garotos, a polícia torce para que as caixas tenham chegado a eles.
“Se as crianças encontrarem essa caixa, queremos que a façam flutuar para fora da caverna”, explicou o coronel de polícia Kraiboon Sotsong, comandante do escritório estratégico, a repórteres.
“A nota diz: ‘se recebida, respondam e mostrem no mapa onde estão. Todos ajudarão rapidamente'”.
A corrida para encontrar o grupo comoveu a nação do sul asiático. O primeiro-ministro Prayuth Chan-ocha visitou o local nesta sexta-feira para incentivar os agentes de resgate e garantir aos parentes em vigília que todos os esforços serão feitos.
“Tudo que puder ser feito o governo apoiará”, disse Prayuth. “Vim para incentivar todos”.
(Reportagem adicional de Amy Sawitta Lefevre, Panarat Thepgumpanat e Pracha Hariraksapitak)