Fenômeno climático provoca ondas de calor e secas em áreas agrícolas
A ata da última reunião do Copom, publicada nesta terça-feira (19), mostrou que o colegiado do BC revisou para cima a estimativa de impacto do El Niño sobre a inflação de alimentos.
No último encontro, em novembro, o Copom tinha mantido a hipótese de considerar um impacto relativamente pequeno do El Niño, mas alguns membros alertaram para os efeitos sobre a inflação em caso de um fenômeno mais extremo.
A mudança nas estimativas do Copom reflete a intensificação do El Niño nas últimas semanas. O fenômeno climático está provocando ondas de calor e secas em algumas regiões do Brasil, o que pode afetar a produção de alimentos.
O Copom também destacou haver avanço no combate à inflação, mas ressaltou que há longo caminho a percorrer. O colegiado avalia que a inflação ainda está acima da meta de 3,5% para 2023 e que é necessário manter a política monetária restritiva.
“O Comitê avalia que houve um progresso desinflacionário relevante, em linha com o antecipado pelo comitê, mas ainda há um caminho longo a percorrer para a ancoragem das expectativas [convergência em direção à meta] e o retorno da inflação à meta, o que exige serenidade e moderação na condução da política monetária”, escreveu o comitê.
O Copom decidiu manter o ritmo de queda da taxa básica de juros (Selic) em 0,5 ponto percentual nas últimas reuniões. A taxa básica está em 11,75% ao ano, o menor patamar desde março de 2022.
O comitê também se comprometeu a manter o mesmo ritmo de queda da Selic nas próximas reuniões, ou seja, pelo menos nos dois primeiros encontros de 2024.
O que MONEY REPORT publicou
