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O que a IA Grok tem de diferente além de Musk

Novo chatbot da plataforma X (ex-Twitter) nasce preparado para processar pegadinhas, em vez de descartá-las como faz a concorrência

Qualquer produto ou serviço tecnológico lançado sob o manto de Elon Musk tem mais chances de dar certo que seus equivalentes. Afinal, o homem mais rico do mundo é um ativo de marketing, uma poderosa fonte de financiamento e um perseguidor do inovação. Sua iniciativa da vez é o Grok, chatbot baseado em inteligência artificial anunciado neste domingo (5) por sua conta do X (ex-Twitter), que também é seu. Assim como a Tesla e a SpaceX.

Passado um dia é possível entender um pouco mais como opera a ferramenta que pretende enfrentar o ChatGPT. O que dá para supor é que o Grok poderá dar respostas mais abertas, em vez das definições de dicionário – ou de Wikipédia. Na apresentação, a equipe da xAi, de Musk, afirma que “Grok é uma IA modelada a partir do ‘Guia do Mochileiro das Galáxias'”, em referência aos programa de rádio e livro de ficção científica de Douglas Adams (1952-2001), lançados em 1978 e 1979, respectivamente. Na fantasia então delirante de Adams há robôs com personalidade – e até depressão-, um programa tradutor universal, programas em tempo real, controle de voz e toque e máquinas capazes de fazer questionamentos filosóficos.

Como funciona?

E como Musk quer chegar a este nível? A resposta – ou melhor, solução – está mais na matemática que na linguística e na cognição. O bilionário promete que seu chatbot será menos inocente, capaz perceber “quase tudo”, incluindo “perguntas picantes”. Ou seja, de saída sua capacidade generativa não vai desprezar as “pegadinhas” de quinta série rejeitadas pelas demais, que dão preferência à clareza e direção. Musk quer alguma dubiedade em operação desde o início. “Grok foi projetado para responder perguntas com um pouco de inteligência e tem uma veia rebelde. Então, por favor, não o use se você odeia humor!”, informou.

Se trata de uma jogada de marketing. Na prática, o novo chatbot apenas tem seus algoritmos abertos a não desconsiderar pegadinhas e trocadilhos. No curto prazo pode ser nada, mas em pouco tempo a capacidade da ferramenta poderá se tornar bem mais ampla que a dos concorrentes. Para tanto, usa de parte do que é produzido no ex-Twitter em seus bancos de dados para melhorar as interações. Para evitar que coisa vire bagunça, a xAI garante que estabeleceu salvaguardas confiáveis a fim de evitar “formas catastróficas de uso malicioso”.

Premium+

O novo chatbot da xAI, que controla o X (ex-Twitter) deve ficar por uns dois meses em fase de testes até ser lançando gratuitamente para quem assinantes X Premium+ nos Estados Unidos.

A palavra “grok” também veio da ficção científica. Trata-se de um verbo que significa “entender intuitivamente ou por ou por empatia”. O neologismo foi tirado do livro “Estranho em uma Terra Estranha” (1961), de Robert Heinlein, e em linguagem marciana significa “beber”, no sentido de absorver conhecimento. Quem apresenta o termo é Valentine Michael Smith, personagem humano criado em Marte até se tornar adulto.

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