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O som progressivo do cosmo

A combinação de dados dos observatórios espaciais Chandra, James Webb, Hubble e Spitzer permitiu a “sonificação” da radiação de astros no espaço profundo. Curta o resultado

Em uma semana marcada pela monotonia e repetição no cenário político, MONEY REPORT resolveu buscar algo além — no espaço sideral. Desta vez a novidade não está apenas nas belas imagens colorizadas de corpos celestes, mas no fato de virem sonorizadas. Sem esforço dá para comparar o resultado com trechos instrumentais de rock progressivo (Vangelis, Tangerine Dream, Rick Wakeman, Jean Michel Jarre) — o que talvez reflita os gostos dos envolvidos. É uma boa brincadeira que ajuda na divulgação científica.

Para marcar o 25º aniversário do Observatório Chandra, da Nasa, cientistas divulgaram imagens “sonificadas” de objetos astronomicamente próximos, como o remanescente de supernova Cassiopeia A e a Nebulosa Tarântula, uma área de formação estelar na galáxia anã Grande Nuvem de Magalhães. Os registros ganharam arranjos a partir da captura das emissões de radiação.

“É um processo que traduz dados astronômicos semelhante a como dados digitais são transformados em imagens”, explicou a Nasa em comunicado. “Esse processo de tradução preserva a ciência dos dados em seu estado digital original, mas oferece um caminho alternativo.”

A primeira imagem (abaixo) mostra Cassiopeia A (Cas A), interpretada das coletas dos satélites Chandra, James Webb, Hubble e Spitzer. Localizado a 11 mil anos-luz da Terra, é o remanescente de uma estrela massiva que explodiu há quase 300 anos. A sonificação interpreta a estrela de nêutrons, mais escura e fria ao centro, em tons médios, e as áreas mais quentes e brilhantes ao redor em timbres mais altos e agudos.


A segunda é da região de formação estelar 30 Doradus, a Nebulosa Tarântula, que teve combinados os raios X captados por Chandra com os raios infravermelhos do Webb. A varredura se move da esquerda para a direita na imagem, com volume ouvido correspondendo ao brilho. A luz em direção ao topo da imagem é mapeado com notas mais agudas. Os raios X são ouvidos como sons leves de sintetizador, enquanto o infravermelho mostra gases mais frio que fornece os ingredientes para futuras estrelas. Esses dados são transformados em tons musicais suaves e baixos (regiões vermelhas), em um som semelhante ao vento (regiões brancas), notas de teclado indicando estrelas brilhantes e um som de chuva para as que estão no aglomerado central. Pena que a brincadeira dura poucos segundos.

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