Fabricado no Brasil, modelo da New Holland pode ser conduzido por pessoas que perderam parte ou totalmente o movimento das pernas
A New Holland Agriculture lançou o primeiro trator acessível de fábrica do mundo para pessoas com deficiência (PCD) motora nos membros inferiores. O TL5 é produzido na unidade da empresa em Curitiba, no Paraná, e começará a ser vendido em outubro.
“As pessoas com deficiência, inclusive as que vivem e trabalham no campo, querem ter autonomia para realizar suas atividades. O trator acessível permitirá eliminar barreiras que hoje impossibilitam muitos agricultores de acessarem o posto de operação de uma máquina”, afirmou Eduardo Kerbauy, vice-presidente da New Holland Agriculture para a América Latina.
Tecnologia
O trator tem uma plataforma de elevação e um joystick que permitem que o operador embarque e desembarque sozinho, mesmo usando cadeira de rodas. A cabine e os comandos do trator também foram adaptados para facilitar o uso por pessoas com deficiência.
A máquina está disponível com motores de 80, 90 e 100 cavalos de potência e pode ser usado em uma variedade de tarefas agrícolas, incluindo preparação de solo, plantio, colheita e pulverização. O preço do trator começa em R$ 310 mil.
O TL5 Acessível está disponível na versão sem cabine e com transmissão 12×12 com reversor hidráulico. A New Holland informou ainda que está desenvolvendo um sistema de telemetria para toda a linha, tanto os de plataforma quanto os cabinados. A promessa é de conectividade das informações geradas pela máquina por meio de um aplicativo de gestão de frotas.
A tecnologia permitirá, de acordo com a empresa, o agricultor visualizar o histórico de localização e receber notificações em casos de exceder limites dos talhão ou conduzir com velocidade acima da recomendada para a operação. Status da operação, ou seja, o tempo que a máquina realmente esteve operando, também poderão ser conferidas pelo produtor.
A New Holland Agriculture espera que o TL5 Acessível seja um sucesso no mercado. A empresa estima que existem mais de 2 milhões de pessoas com deficiência no Brasil que vivem no campo.