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Problemas educacionais limitam inovação, diz presidente da Positivo

Em entrevista a MONEY REPORT, Hélio Bruck Rotenberg, presidente da Positivo Tecnologia, fala sobre os obstáculos à inovação no Brasil e sobre o modelo de inovação da empresa.


Quais os principais obstáculos à inovação no país?

São as dificuldades normais a um país em desenvolvimento. Mas digo que 90% vêm de problemas na área da educação. Poderia citar a questão tributária, mas ela é menor quando comparada com a educação. Enquanto tivermos problemas nessa área, não vamos ser um país de ponta em tecnologia.


Falta uma cultura à inovação no país?

Não. Temos cultura inovadora, centros de excelência como a Embraer e Embrapa, e fintechs com um trabalho muito interessante. O Brasil é um país inovador e empreendedor. Não tenha dúvida de que problemas estruturais impedem a gente de fazer ainda mais. Ser empreendedor no Brasil não é algo trivial e o que a iniciativa privada faz por aqui é muito. Por isso, seremos outro país se tivermos maior contingente de pessoas saindo das universidades e com acesso a bons programas de pós-graduação. Com maior número de pessoas qualificadas, teremos mais projetos inovadores.


Como a Positivo pensa a inovação?

Inovação não fica concentrada em um departamento. Todas as pessoas, precisam contribuir com o processo. Temos programas para incentivar melhorias inovadoras em processos internos e novos negócios. Também estamos olhando para a inovação fora da Positivo, ou seja, estamos fazendo investimentos em outras empresas, principalmente startups, e trazê-las para nosso ecossistema.


O investimento na Hi-Technologies (startup de telemedicina e exames clínicos) é um exemplo?

Sim. Nós tínhamos vontade de investir na área de tecnologia da saúde. Em vez de contratarmos pessoas para inovar dentro de casa, resolvemos investir numa startup que julgamos ser inovadora.


De que forma investir numa startup da área da saúde se insere no propósito da Positivo?

Nossos investimentos miram sempre o endereçamento a questões nacionais. Decidimos atuar em três eixos: educação, saúde e agribusiness. Já tínhamos investimentos em educação e, com a Hi, entramos na área da Saúde. O terceiro eixo, o agribusiness, estamos desenvolvendo e logo teremos anúncios importantes a fazer.

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