A proposta é que o dispositivo vestível seja usado por mulheres com alto risco de desenvolver esse tipo de câncer
Pesquisadores do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) criaram um dispositivo de ultrassom vestível, projetado para permitir que as mulheres detectem tumores em estágios iniciais do câncer de mama. O dispositivo consiste em um adesivo flexível que pode ser fixado em um sutiã, permitindo que a usuária mova um rastreador de ultrassom ao longo do adesivo e faça imagens do tecido mamário em diferentes ângulos.
O objetivo desse dispositivo é melhorar a taxa de sobrevivência geral de pacientes com câncer de mama, especialmente útil para aqueles com alto risco de desenvolver a doença entre exames de rotina de mamografia. A detecção precoce do câncer de mama é crucial para resultados positivos, uma vez que a taxa de sobrevivência é quase 100% quando diagnosticada precocemente, mas diminui para cerca de 25% quando os tumores são detectados em estágios mais avançados.
Os pesquisadores demonstraram que as imagens obtidas pelo dispositivo têm resolução comparável à do ultrassom tradicional, e o tecido mamário pode ser visualizado até uma profundidade de oito centímetros.
O próximo passo é desenvolver uma versão miniaturizada do sistema de imagem, do tamanho aproximado de um smartphone, para permitir o uso doméstico do dispositivo por pacientes com alto risco de câncer de mama, que se beneficiariam de exames frequentes. Isso eliminaria a necessidade de deslocamento das mulheres até um centro de imagiologia.
Além disso, os pesquisadores planejam implementar um fluxo de trabalho para que os dados coletados das pacientes possam ser analisados por inteligência artificial (IA), possibilitando uma análise mais precisa das mudanças nas imagens ao longo do tempo. Eles também têm a intenção de explorar a adaptação da tecnologia de ultrassom para outras partes do corpo.
O objetivo final dessa tecnologia é aumentar a taxa de sobrevivência do câncer de mama para até 98%, tornando a detecção precoce mais acessível e confortável para as pacientes. Com base nas informações do MIT.
Assista ao vídeo que mostra como o aparelho funciona: