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Câncer de mama existe, charlatanismo também

Postagem desinformante gerou um alerta da Sociedade Brasileira de Oncologia. A mamografia é fundamental para o diagnóstico precoce, apesar de uma profissional irresponsável negar

Em uma publicação viralizada em redes sociais, uma médica afirmou que o câncer de mama não existe e questionou a eficácia das mamografias na identificação precoce da doença, que deve somar 73.610 novos casos no Brasil em 2025, com 18 mil mortes previstas. Foi um rebuliço. A autora foi desmentida em sequência por oncologista e pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca), que agrega dados sobre este mal. O Conselho Regional de Medicina do Pará (CReste M-PA) anunciou que investiga a conduta da profissional, identificada como Lana Tiani Almeida da Silva, cuja especialidade não consta no registro do órgão. Ainda assim, ela se apresenta como especialista em mastologia e ultrassonografia das mamas. Ou seja, ela questiona sua suposta especialidade.

Créditos: Portal CFM

Em vídeo, a Silva afirma que o câncer de mama é resultado apenas de uma inflamação crônica e que hormônios poderiam evitar a doença: “Esqueça Outubro Rosa. Câncer de mama não existe. Sou a doutora Lana Almeida, médica integrativa, especialista em mastologia e ultrassonografia das mamas. Por isso, venho falar para vocês que câncer de mama não existe. Então, esqueçam Outubro Rosa. Esqueçam mamografia”.

A Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (Sboc) refutou essas afirmações, alertando para os riscos de informações sem respaldo científico. A entidade ,reforçou a eficácia da mamografia na detecção precoce do câncer, o que aumenta as chances de cura em até 95%.



Riscos de terapias alternativas e desinformação

A Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) expressou preocupação com a disseminação de desinformação, apontando que muitas dessas postagens incluem a oferta de terapias milagrosas, sem embasamento científico, o que podem colocar a vida de pacientes em risco – o que pode configurar crime de charlatanismo. “Perfis sensacionalistas e sem formação adequada induzem as pessoas ao erro e oferecem tratamentos ineficazes que comprometem a saúde”, afirmou a entidade.

O presidente da SBM, Augusto Tufi Hassan, desabafou: “Negar a existência do câncer de mama é desrespeitar milhares de mulheres que enfrentam a doença e pode levar a diagnósticos incorretos e tratamentos inadequados”,

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