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Da Libertadores à cana

Era para ser só uma manhã de quarta-feira (23) de sol na Praia do Recreio, na zona oeste do Rio de Janeiro. Mas as mazelas urbanas da Cidade Maravilhosa podem ser inovadoras. Moradores, comerciantes e banhistas tiveram que fugir após um conflito generalizado provocado por torcedores do time uruguaio Peñarol. A polícia militar deteve 282 torcedores, incluindo 42 mulheres. O quebra-quebra terminou com ônibus e motocicletas incendiados, danos a estabelecimentos, vias interditadas, barricadas, arremesso de pedras, disparos de bombas de gás lacrimogêneo, tiros com balas de borracha e farta distribuição de cassetadas. O grupo havia chegado de madrugada, vindo em um caravana de ônibus a partir de Montevidéu para assistir ao jogo com o Botafogo, pela Libertadores, no Estádio do Engenhão, também na zona oeste.

O conflito começou logo depois que um uruguaio foi detido pela PM por furto de celular dentro de uma padaria. Houve uma discussão que logo virou ataque racista e, a seguir, vandalismo. Uma unidade de choque demorou quase uma hora para chegar. Aos poucos a PM cercou os torcedores e conteve o tumulto, mas o estrago estava feito. Um quiosque foi saqueado.

Dos 282, 260 foram liberados no mesmo dia e escoltados até a divisa do Rio com São Paulo, de onde seguiram em caravana. Entre os demais 22, um é menor de idade e foi levado para a Vara da Infância e da Juventude. Os outros foram autuados por porte de arma, racismo, roubo, associação criminosa, incêndio, dano qualificado e resistência à prisão. Eles também responderão por artigos do Estatuto do Torcedor.

O Botafogo venceu o jogo por 5 x 0. Os torcedores ficaram sabendo do resultado na carceragem da Cidade da Polícia, que concentra as delegacias especializadas no Rio. Na manhã de quinta (24) foram levados para o presídio José Frederico Marques, em Benfica, na Zona Norte, onde aguardarão julgamento. Na hora da transferência, eles reclamaram do calor.

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