Boletim de MONEY REPORT sobre questões ambientais, sociais e de governança no mundo dos negócios
Indústria de peles quer limpar imagem
Poucos produtos sofreram uma implosão de imagem maior do que as peles. Outrora um símbolo de status para ricos, estrelas do rock e realeza, tornaram-se estigmatizados, uma moda sinônimo de sofrimento animal e ostentação. Ao longo de décadas de protestos públicos, boicotes corporativos e ativismo vegano, a indústria se arrastou graças aos compradores chineses de vison e à tendência global de enfeites de pele em capuzes de parcas do Ártico. Agora, essa indústria de US$ 25 bilhões busca redenção, argumentando que as peles têm seu lugar de direito na era da sustentabilidade e do consumo criterioso.
Elétricos já vendem mais que carros a diesel na Europa
A crescente popularidade dos veículos à bateria e o declínio do uso do diesel está praticamente configurada na Europa. Mais de 20% dos carros novos vendidos na União Europeia (UE) e no Reino Unido em dezembro eram exclusivamente elétricos, segundo dados compilados por Matthias Schmidt, analista de Berlim que acompanha o desenvolvimento do novo segmento. As vendas de veículos a diesel, que em 2015 representavam mais da metade dos carros novos na UE (então com Reino Unido incluído), caíram abaixo de 19%.
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Hyundai e IonQ vão desenvolver baterias de lítio
A IonQ, líder em computação quântica de íons, e a Hyundai anunciaram que vão criar novos algoritmos de autosolver quântico variacional (VQE) para estudar compostos de lítio e suas reações na química de baterias. Espera-se que as simulações melhorem significativamente a qualidade das baterias automotivas de lítio da próxima geração, obtendo mais durabilidade e segurança aos veículos elétricos.
Grandes marcas querem limitar produção de plásticos
Marcas internacionais, como Coca-Cola e Pepsi, pedem um pacto global para combater a poluição plástica que inclua cortes na produção, o que pode afetar a indústria petroquímica. A iniciativa é uma prévia das discussões da conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEA 5.2, na sigla em inglês), prevista para o final de 2022, quando deve começar a ser negociado um tratado para enfrentar a crise de resíduos plásticos.
1 milhão de brasileiros produzem sua energia solar
De acordo com levantamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), o Brasil ultrapassou 1 milhão de unidades consumidoras com geração própria de energia. No total, as instalações somam 8,6 gigawatts (GW) de potência, o que equivale a dois terços da potência da usina hidrelétrica de Itaipu. Residências são 76,6% dos consumidores que fazem uso da tecnologia.
Porto de Roterdã terá a maior usina de hidrogênio verde
A Uhde Chlorine Engineers, do Thyssenkrupp, assinou um contrato para a construção para a Shell de uma usina de hidrogênio verde a partir da energia proveniente do futuro parque eólico a ser instalado na costa holandesa do Mar do Norte. Capturado da atmosfera por placas eletrolíticas (imagem), o gás combustível pouco poluente vai abastecer parte do porto de Roterdã – o maior da Europa. As obras começam no segundo trimestre, na primavera do Hemisfério Norte.
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12% da energia até 2050
A Agência Internacional para as Energias Renováveis (Irena, na sigla em inglês) estima que o hidrogênio abranja até 12% do uso energético global até 2050. O dado faz parte das conclusões da nova análise da entidade, Geopolítica da Transformação Energética: O Fator Hidrogênio (disponível neste link).
Davos busca soluções para clima, pandemia e desigualdade
A reunião do Fórum Econômico Mundial (FEM) se encerra com chefes de estado, de governo, CEOs e demais líderes presos em lidar com os efeitos dos extremos climáticos, da desigualdade econômica e, claro, a pandemia. Entre as iniciativas, estão os esforços para acelerar a corrida para zerar as emissões líquidas de gás carbônico (CO2), garantir oportunidades econômicas positivas à natureza, criar resiliência cibernética, fortalecer cadeias de valor globais, construir economias em mercados frágeis por meio de investimentos humanitários, preencher a lacuna de fabricação de vacinas, usar soluções de dados para se preparar para a próxima pandemia e abrir diálogos diplomáticos entre nações.