Inteligência artificial enganou internautas sobre produções que a Disney/Pixar jamais faria sobre racismo, Holocausto, serial killer e Torres Gêmeas

Um pôster falso da Disney Pixar que divulga a animação “Caust” (no destaque) deixou internautas chocados ao longo desta semana. O título é uma referência ao Holocausto e parodia com muito mau gosto um Adolf Hitler jovial aclamado por uma multidão de cabelos tosados e em uniformes listrados, tendo ao fundo uma estrutura parecida com a entrada do campo de extermínio de Auschwitz. Também circularam cartazes fazendo piada com o caso do assassinato de George Floyd por um policial, da Ku Klux Kan, dos atentados às Torres Gêmeas e sobre a infância do serial killer canibal Jeffrey Dahmer. Todos com a chancela “Disney Pixar Apresenta”, como se estivessem para entrar em cartaz nos cinemas e canais de streaming.

Os pôsteres foram criados por geradores de arte por inteligência artificial (IA) com o único propósito de gerar visualizações virais. Porém, erros propositais dão pistas de se tratarem de falsificações — além da absoluta falta de bom senso. Em “Caust”, o logotipo da Disney tem o “y” invertido e a palavra “PiXXAR”, grafada incorretamente — é Pixar. Se o objetivo era atrair indignação, principalmente entre o público nos Estados Unidos, a iniciativa para lá de duvidosa foi um sucesso.

Resposta da Disney

O Estúdios Disney não comentou sobre os pôsteres gerado por IA. Há o compreensível temor de alimentar um trote possa sair do controle. No início deste mês, usuários do novo recurso de geração de imagens do Microsoft Bing AI criaram um Mickey Mouse orquestrando os ataques terroristas de 11 de Setembro.