Nicolás Maduro assumiu terceiro mandato após eleição contestada por órgãos internacionais
O Ministério das Relações Exteriores (MRE) emitiu um comunicado neste sábado (11/1) onde condenou as denúncias de violações de direitos humanos de opositores do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.
Em nota, o Itamaraty disse que “deplora os recentes episódios de prisões, de ameaças e de perseguição a opositores políticos” do regime e “exorta, ainda, as forças políticas venezuelanas ao diálogo e à busca de entendimento mútuo, com base no respeito pleno aos direitos humanos com vistas a dirimir as controvérsias internas.”
O governo ainda afirmou que para a “plena vigência de um regime democrático, é fundamental que se garantam a líderes da oposição os direitos elementares de ir e vir e de manifestar-se pacificamente com liberdade e com garantias à sua integridade física.”
Entre os detidos, estão a líder oposicionista María Corina Machado, detida na última quinta-feira (9) e liberada em seguida, e o genro de Edmundo González, que concorreu à presidência.
Maduro tomou posse na última sexta-feira (10/1) para seu terceiro mandato após uma eleição contestada internacionalmente por não ter as atas de votação divulgadas. O resultado também não foi reconhecido pelo governo brasileiro, aliado histórico do regime. No entanto, o Brasil enviou para a posse a embaixadora na Venezuela, Glivânia Maria de Oliveira.