Vídeo de 6 minutos mostra a eletrônica do artefato usado nos ataques a Israel e na Guerra da Ucrânia. Eficiência e chips de mercado
Um drone iraniano Shahed 136, modelo usado nos ataques do Irã a Israel em 13 de abril, foi dissecado em uma operação de engenharia reversa que acabou postada nas redes. De difícil detecção a partir do solo, o aparelho suicida de 3,5 metros de comprimento e 200 quilos é capaz de voar 2,5 mil quilômetros a baixas altitudes para destruir alvos a mais de 150 quilômetros horários. Para interceptar o enxame, foram necessários esforços de defesa de Israel, Estados Unidos, Reino Unido e Jordânia. O episódio mostrou que países com altas tecnologias militares podem sofrer ao enfrentar ataques massivos de oponentes mediante emprego de soluções simples, equilibrando balanças de poder.
O ponto alto é o funcionamento do computador de dados de voo, conforme revelado no canal do YouTube Le Labo de Michel, dedicado à engenharia reversa. O vídeo revela o que já era suspeito. Toda a eletrônica empregada pode ser adquirida sem grande esforço e até com soluções similares (computador tem a identificação de modelo ADC-PLS-002). Para quem conhece eletrônica aeronáutica, dá para entender as capacidades e limitações do Shahed-136, que também é empregado com sucesso pela Rússia na Ucrânia. A confirmação da procedência veio de um reles adesivo produzido pela gráfica Monjigraphic, instalada em Isfahan. A descoberta só foi possível pelo fato do drone ter sido abatido antes de explodir.
A história foi apresenta no Brasil pelo site de temas militares Pode Aéreo. O vídeo foi postado na sexta (12).
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