Neste ano, a UnitedHealthcare foi alvo de protestos, motivados por negações de cuidados e às reivindicações de seguro nos EUA. Policiais procuram o atirador
O CEO da seguradora de saúde norte-americana UnitedHealthcare, Brian Thompson, de 50 anos, morreu após ser baleado em frente a um hotel em Nova York (EUA), na manhã desta quarta-feira (4). O executivo saía do hotel New York Hilton Midtown, às 6h45 no horário local, quando foi alvejado por um homem mascarado que aparentemente estava à espreita. Ele chegou a ser levado ao hospital Mount Sinai West em estado crítico, mas não resistiu.
Segundo o site do The New York Times, testemunhas do crime dizem que o homem atirou em Thompson várias vezes, a poucos metros de distância, depois fugiu correndo, pulou em uma bicicleta e pedalou para longe.
Os policiais ainda estão procurando o atirador, que, de acordo com as testemunhas, usava uma jaqueta cor de creme, uma máscara facial preta e uma mochila cinza.
Brian Thompson morava em Minnesota e estava em Nova York para a conferência anual de investidores da empresa. O evento foi cancelado.
UnitedHealthcare
A UnitedHealthcare atende 29 milhões de americanos e é o braço de planos de saúde do UnitedHealth Group, gigante de saúde que até o fim do ano passado era dono da brasileira Amil. O grupo comprou a operadora brasileira de planos de saúde em 2012 do fundador Edson Bueno por R$ 11 bilhões. Após um longo processo de venda, a companhia foi vendida para José Seripieri Junior, fundador da Qualicorp, por R$ 2 bilhões, mediante a transferência de quase R$ 10 bilhões em dívidas.
Protestos
Neste ano UnitedHealthcare foi alvo de protestos, motivados por uma insatisfação generalizada com as práticas em relação ao atendimento de pacientes e às reivindicações negadas de seguro. Em abril, mais de 150 manifestantes, incluindo pacientes e ativistas da saúde, ficaram do lado de fora da sede do UnitedHealth Group, em Minnetonka, Minnesota. O protesto foi organizado pelo People’s Action Institute, como parte de sua campanha Care Over Cost, que responsabiliza as seguradoras por negações de cuidados. Na ocasião, 11 foram presos por bloquear ruas durante a manifestação.
A polícia analisa as câmaras na rota de fuga do atirador atrás de pistas e comparsas. Não está descartada alguma vingança por causa das decisões da empresa.