MONEY REPORT escolheu como Imagem da Semana o registro de sinais de sonar capturados pelo explorador norte-americano que acredita ter desvendado um dos maiores mistérios do século XX: o paradeiro do avião de Amelia Earhart, aventureira aeronáutica que desapareceu no Oceano Pacífico em 1937, quando tentava dar a volta ao mundo voando.
Tony Romeo, ex-oficial da Força Aérea dos EUA e CEO da Deep Sea Vision, empresa de exploração submarina que fez seu própria levantamento nas águas profundas do Oceano Pacífico no ano passado, de acordo com a rede NBC.
Nas imagens é possível distinguir um formato borrado que lembraria destroços de um avião – no caso o Lockheed L-10E Electra que ela pilotava ao lado do navegador Fred Noonan. Ainda de acordo com o canal de televisão norte-americano, a imagem foi tirada a cerca de 160 quilômetros da Ilha Howland, a meio caminho entre a Austrália e o Havaí — local onde Earhart deveria pousar para reabastecer. Território desabitado dos EUA com um 1,8 km2, a ilha vulcânica fica a 3,1 mil quilômetros de Honolulu. A antiga pista de pouso foi destruída na Segunda Guerra.
“Não há outros acidentes conhecidos na área, e certamente não daquela época, com esse tipo de design com a cauda que você vê claramente na imagem.”, explicou Romeo. “Bem, primeiro seria difícil me convencer de que isso é tudo menos uma aeronave, e segundo, que não se trata da aeronave de Amelia”, continuou o CEO da Deep Sea Vision.
A equipe de Romeo planeja retornar ao local ainda neste ano ou no início de 2025 com um veículo operado remotamente para capturar imagens próximas que permitam uma identificação.
Quem foi ela
“O próximo passo é a confirmação e há muito o que precisamos saber sobre isso. Parece que há algum dano, quero dizer, já está lá há 87 anos”, disse Romeo. A missão, no entanto, exige equipamentos caros de alta tecnologia. Para esta primeira viagem, Romeo vendeu imóveis para financiar sua própria expedição. Ainda de acordo com a NBC News, a operação custou por volta de US$ 11 milhões (cerca de R$ 54,4 milhões).
Amelia Earhard foi um ícone americano. Primeira mulher a cruzar o Atlântico, em 1928, ainda que não tenha pilotado, virou uma celebridade apoiada por uma ampla campanha de mídia. Com suas habilidades aprimoradas, voou por todo o país, palestrando e escrevendo livros até desaparecer sem deixar rastros e ser dada como morta em 1939.