Pesquisa da Robert Half mostra que para 81%, os impactos negativos de uma seleção equivocada são piores que há um ano
Ao não dar a devida atenção à procura por novos funcionários, as empresas ampliam as chances de se encontrar na mesma situação de 41% dos executivos brasileiros entrevistados na mais recente pesquisa global da Robert Half, que assumem ter feito alguma contratação equivocada nos últimos 12 meses.
Os impactos de uma contratação ruim não podem ser subestimados e, de acordo com 81% dos entrevistados, eles são ainda mais severos do que há um ano. Perda de produtividade na área envolvida, queda de engajamento da equipe e prejuízos financeiros são alguns dos danos que merecem destaque. A sondagem foi realizada na segunda quinzena de fevereiro e entrevistou 300 executivos brasileiros “c-level”, igualmente divididos entre gerentes-gerais, CFOs e CIOs. É válido destacar que, na esteira da pandemia, muitos times estão sob pressão crescente, de modo que o descompasso entre candidatos e posições aumenta a carga de trabalho do restante da equipe.
Obstáculos e soluções
De acordo com os executivos, os três principais desafios de recrutamento para 2022 são: reter os talentos de casa (21%); encontrar profissionais que tenham fit cultural com a empresa (20%); e localizar candidatos com as competências exigidas para as vagas em aberto (16%).
A pesquisa global da Robert Half também revela os cinco fatores que mais contribuem para falhas no recrutamento. São eles: concentrar-se nas habilidades técnicas, em detrimento das comportamentais (68%); acelerar excessivamente o processo (65%); escolher um candidato cujas competências não correspondam aos requisitos da posição (54%); foco nas habilidades comportamentais, deixando as técnicas de lado (50%); e analisar de forma equivocada as referências e as experiências anteriores do profissional (49%).
Na visão dos entrevistados, alguns passos podem ser adotados para reduzir as chances de erro. Os mais eficazes são: filtrar candidatos de forma mais efetiva (70%); planejar o processo seletivo com maior rigidez (53%); contratar funcionários por tempo determinado (43%); identificar habilidades essenciais que não possam ser dispensadas (42%); e contar com o apoio de uma consultoria especializada em recrutamento e seleção (40%).