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Ações dos grandes bancos podem sofrer no longo prazo, diz gestor

Apesar de as ações dos grandes bancos negociadas na B3 subirem em 2019, o cenário pode não ser tão positivo para estes papeis no longo prazo. Para Guilherme Aché, sócio e gestor da Squadra Investimentos, os bancos de varejo tendem a sofrer com o surgimento de novas fintechs, que disponibilizam serviços mais baratos. “Quando o peso de determinado setor no Ibovespa fica muito grande, é hora de ficar atento. Se eu não me engano, os grandes bancos têm participação superior a 25% no índice”, disse Aché durante evento do BTG Pactual, em São Paulo. “Existe um ambiente político para combater esse excesso de rentabilidade. Para investir, meu sonho é procurar uma fintech barata”, completou. Gestor e sócio na Costellation, Florian Bartunek também participou do evento e compartilha da visão de Aché. “Estou animado com o setor de tecnologia, que hoje compõe apenas 2% do índice. É natural que surjam algumas bolhas nessa área, mas é um mercado que tem potencial.”

Por outro lado, Paulo Di Sora, da RPS Capital, aposta em empresas exportadoras no curto prazo. “Creio que a Suzano ainda está barata, assim como a Petrobras e a Vale, cujo preço ficou atrativo após os problemas envolvendo a companhia”, analisou durante o evento. “No geral, as empresas estatais ainda têm grande espaço para se valorizar, mas precisamos acompanhar o dia a dia com bastante atenção, para ver a postura do governo”, completou.

Confira o desempenho das ações dos grandes bancos em 2019:

Itaú Unibanco: alta de 6,3%

Banco do Brasil: alta de 13,1%

Bradesco: alta de 15,5%

Santander Brasil: alta de 12,9%

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