Mais da metade das organizações alocam entre 10% e 30% do orçamento de TI para a implantação da tecnologia
Dados divulgados nesta sexta-feira (22) pela Cisco, referência em rede e segurança, revela que apenas 25% das empresas brasileiras estão totalmente preparadas para implantar e aproveitar as tecnologias impulsionadas por inteligência artificial, uma queda em relação aos 29% revelados em 2023. De acordo com o Índice de Preparação para Inteligência Artificial da companhia, esse declínio destaca os desafios que as instituições enfrentam na adoção, implantação e aproveitamento completo da tecnologia. Dada a rápida evolução do mercado e o impacto significativo que se espera que a IA tenha nas operações de negócios, essa lacuna de prontidão é especialmente crítica.
O índice é baseado em uma pesquisa anônima com 7.985 líderes empresariais seniores de organizações com 500 ou mais funcionários em 30 países, incluindo o Brasil. Esses líderes são responsáveis pela integração e implantação de IA dentro de suas organizações. O AI Readiness Index é medido em seis pilares: estratégia, infraestrutura, dados, governança, talento e cultura.
A IA tornou-se uma peça fundamental para a estratégia de negócios, e há uma urgência crescente entre as empresas para adotar e implantar tecnologias de IA. No Brasil, quase todos os respondentes (99%) declaram uma urgência contínua para implantar IA no último ano, principalmente impulsionada pelo CEO e time de líderes. Além disso, as empresas estão comprometendo recursos significativos à IA, com mais da metade (51%) indicando que entre 10% a 30% de seu orçamento de TI é alocado para implantações de IA.
Apesar dos grandes investimentos em IA em áreas estratégicas como cibersegurança, infraestrutura de TI e análise e gerenciamento de dados, muitas empresas relatam que os retornos desses investimentos não estão atendendo às suas expectativas.
“Haverá apenas dois tipos de empresas: aquelas que são empresas de IA e aquelas que são irrelevantes. A IA está nos fazendo repensar os requisitos de energia, necessidades de computação, conectividade de alto desempenho dentro e entre centros de dados, requisitos de dados, segurança, entre outros”, afirmou Jeetu Patel, diretor de Produto da Cisco. “Independentemente de onde estejam em sua jornada de IA, as organizações precisam estar preparando os data centers existentes e estratégias de nuvem para requisitos em mudança, e ter um plano de como adotar a Inteligência Artificial, com agilidade e resiliência, à medida que as estratégias evoluem”, finaliza Patel.
As empresas reconhecem que precisam melhorar sua prontidão para aproveitar a IA de forma eficaz. No Brasil, 41% classificam a melhoria da escalabilidade, flexibilidade e gerenciabilidade de sua infraestrutura de TI como suas principais prioridades, destacando uma conscientização das lacunas que devem ser abordadas para melhorar a prontidão geral para IA.