Com baixa demanda, a empresa quer evitar um acúmulo de estoques
De acordo com informações mais recentes, a Apple deve desistir dos planos de aumento de 7% na produção. Isso porque pessoas familiarizadas com os planos dizem que a empresa pediu uma redução de até 6 milhões de unidades dos novos aparelhos, pois a expectativa de maior demanda não se concretizou, segundo pessoas a par do assunto. Assim, a empresa pode produzir cerca de 90 milhões de iPhones durante o último trimestre deste ano, ou seja, algo muito próximo do que foi registrado no ano passado.
Apesar dessa queda nas previsões, a gigante da tecnologia deve continuar fazendo ajustes e isso envolve diminuir a produção dos modelos iPhone 14 e 14 Plus para favorecer os 14 Pro e Pro Max. Agora, a empresa pretende produzir 90 milhões de aparelhos no período, aproximadamente o mesmo nível de 2021 e de acordo com a previsão original da Apple em meados do ano, segundo as fontes.
Mercado de smartphones afetado
Analistas de mercado afirmam que essa queda na demanda não tem prejudicado apenas a Apple, mas sim todo o mercado global de smartphones. Citando um exemplo, a China – o maior mercado de smartphones no mundo – também passa por um momento turbulento na sua economia e isso fez as vendas da linha iPhone 14 caírem 11% em relação a 2021.
Em Taipei, a ação da fabricante de chips Taiwan Semiconductor Manufacturing Co. caiu 2,2%, enquanto o papel da maior fabricante terceirizada de iPhones da Apple, a Hon Hai Precision Industry, recuou 2,9%, em meio a um movimento de venda de ações de fornecedores de eletrônicos.
Com esse ajuste de produção por parte da Apple, a empresa quer evitar um acúmulo de estoques, algo que aconteceu com a Samsung.
As restrições de oferta acabaram e a indústria mudou para um mercado limitado pela demanda. O alto estoque nos canais de varejo e a baixa demanda sem sinais de recuperação imediata têm feito os OEMs entrarem em pânico e cortar drasticamente suas encomendas em 2022, disse Nabila Popal, diretora de pesquisa da IDC.