Um dos projetos solares será construído na Bahia e integrado ao parque eólico já em desenvolvimento e outro em Minas Gerais, de 269 MW
A ArcelorMittal, maior produtora de aço do Brasil, anunciou um investimento de R$ 1,6 bilhão em projetos de energia solar nesta quarta-feira (21), ampliando sua estratégia de autoprodução de energia renovável. Este novo aporte se soma ao megaempreendimento de R$ 4,2 bilhões em energia eólica na Bahia, anunciado no ano passado, e posiciona a companhia para produzir 88% da energia que consome até 2025.
Um dos projetos solares, em parceria com a Casa dos Ventos, será construído na Bahia e integrado ao parque eólico já em desenvolvimento, com uma capacidade instalada de 200 MW e um investimento de R$ 690 milhões. A estrutura seguirá o modelo de joint venture, com 55% de participação da ArcelorMittal e 45% da desenvolvedora de energia, garantindo o fornecimento de energia por meio de um contrato de longo prazo.
O segundo projeto, localizado em Paracatu, Minas Gerais, terá uma capacidade de 269 MW e será desenvolvido em parceria com a Atlas Renewable Energy, uma das líderes em energia solar na América Latina. Com um investimento de R$ 895 milhões, o projeto inclui uma linha de transmissão de 65 km para conexão ao Sistema Interligado Nacional (SIN). O contrato seguirá o modelo BOT (Build, Operate and Transfer), no qual a ArcelorMittal assumirá 100% do capital após a entrada em operação comercial, prevista para dezembro de 2025.
Segundo Jefferson De Paula, CEO da ArcelorMittal no Brasil, a empresa já alcançou o nível esperado de autossuficiência energética, mas continuará explorando novos projetos, especialmente diante do potencial crescimento econômico e das operações da companhia. O executivo destacou que a empresa prefere manter flexibilidade no mercado, sem atingir 100% de autossuficiência, para melhor gerenciar as flutuações de preços de energia.
Esses investimentos fazem parte de um ambicioso plano de expansão da ArcelorMittal, que prevê um total de R$ 25 bilhões entre 2022 e 2026. Isso inclui a recente aquisição da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP) por R$ 11,2 bilhões, além de aumentos de capacidade e modernização das plantas atuais. Com isso, a produção da empresa deverá crescer de 15,5 milhões para 17,5 milhões de toneladas de aço até 2026, mantendo sua liderança no mercado brasileiro, com 42% da produção de aço bruto do país.
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