Início da operação está previsto para o fim de 2026 e prevê uma produção de 28,3 milhões de metros cúbicos por ano
Uma das líderes na transição energética, a Atvos recebeu a licença de instalação para a construção da sua primeira fábrica de biometano. A nova planta será construída em Nova Alvorada do Sul (MS), onde já está instalada a Unidade Santa Luzia (USL), responsável pela produção de etanol e energia elétrica a partir da biomassa da cana-de-açúcar.
Com a obtenção do documento, emitido pelo Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), órgão ambiental do governo estadual, a companhia deve iniciar os trabalhos de terraplanagem em abril. Previamente à obtenção da licença, a Atvos desenvolveu uma série de estudos ambientais e de engenharia para o desenvolvimento do empreendimento. A expectativa é de que a unidade, que utilizará como matéria-prima resíduos da cadeia produtiva da cana-de-açúcar, como a torta de filtro e a vinhaça, entre em operação até o fim de 2026. A planta será instalada em uma área de 320 mil metros quadrados e terá capacidade para produzir 28,3 milhões de metros cúbicos de biometano por ano.
O produto é uma das mais importantes alternativas sustentáveis aos combustíveis fósseis, pois emite até 90% menos gases de efeito estufa do que diesel, segundo a Associação Brasileira do Biogás (Abiogás). De acordo com projeções da mesma entidade, a produção de biometano no Brasil deve crescer 600% até 2029, passando do atual 1 milhão de m³ por dia para 7 milhões de m³/dia.
“Alcançamos mais um importante passo em nosso propósito de liderarmos a transição energética a partir da ampliação do nosso portfólio, uma vez que parte do biometano produzido será utilizada em nossa frota própria, reduzindo a intensidade de carbono das nossas operações”, afirma o CEO da Atvos, Bruno Serapião, em cerimônia realizada durante a Expocanas.
Além da Unidade Santa Luzia, a Atvos possui outras duas operações em Mato Grosso do Sul: a Unidade Eldorado, localizada em Rio Brilhante, e a Unidade Costa Rica, situada no município homônimo. Juntas, as três plantas agroindustriais têm capacidade de moer mais de 13 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, o suficiente para produzir mais de 1,2 bilhão de litros de etanol; além de cogerar 1,4 mil GWh de energia elétrica limpa e produzir 180 mil toneladas de açúcar VHP. Também são responsáveis por empregar 4,3 mil pessoas diretamente e outras 11 mil de forma indireta.
