Aérea reverteu prejuízo de R$ 2,48 bilhões do ano anterior
A Azul divulgou um lucro líquido de R$ 23,9 milhões no segundo trimestre de 2023, uma recuperação significativa em comparação ao prejuízo de R$ 2,48 bilhões no ano anterior. Ao considerar despesas com debêntures conversíveis, o lucro líquido ajustado atingiu R$ 497,9 milhões.
Após ajustes para levar em conta resultados não realizados de derivativos e câmbio, o prejuízo líquido no segundo trimestre foi de R$ 566,8 milhões, representando uma redução de 21,4% nas perdas em comparação ao ano anterior.
As receitas da companhia aérea totalizaram R$ 4,25 bilhões entre abril e junho, refletindo um aumento de 8,4% em relação ao mesmo período de 2022. A Azul destaca que esse faturamento estabelece um novo recorde para um segundo trimestre.
O ebitda (Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização) do segundo trimestre alcançou R$ 1,15 bilhão, evidenciando um crescimento de 88,2% em comparação ao ano anterior. De acordo com a companhia, esse indicador também atingiu um patamar recorde, com uma margem de 27,1%.
John Rodgerson, diretor-presidente da Azul, enfatiza a importância do segundo trimestre, descrevendo-o como um dos marcos mais significativos na história da empresa, em uma carta que acompanha o balanço.
A Azul destaca que o sólido desempenho operacional foi impulsionado por um aumento de 6,6% nas tarifas em um ano. O tráfego registrou um crescimento de 10% no segundo trimestre em relação ao ano anterior, com um aumento de 8,4% na capacidade e uma taxa de ocupação de 80%.
A empresa também ressalta uma redução de 2,9% nos custos e despesas operacionais, totalizando R$ 3,67 bilhões. Os custos com combustíveis diminuíram 21,2% no ano, influenciados pela redução de 24,5% no preço médio da querosene de aviação.
Isso resultou em uma redução de 10,5% no custo por assento-quilômetro da Azul, uma métrica importante no setor aéreo, ficando em R$ 34,81. No entanto, excluindo os efeitos dos combustíveis, houve um aumento de 3,2%, chegando a R$ 22,15.
A Azul encerrou o mês de junho com uma liquidez total de R$ 5,46 bilhões, incluindo recebíveis de longo prazo e depósitos em garantia, o que representa um aumento de 5% em relação ao ano anterior. A liquidez imediata atingiu R$ 2,03 bilhões, um aumento de 13,1%.
A alavancagem da empresa no final do segundo trimestre estava em 4,2 vezes, uma queda em relação às 6,3 vezes do ano anterior, impulsionada pelo processo de otimização da estrutura de capital que a Azul implementou nos últimos meses.
A empresa também registrou um resultado financeiro negativo de R$ 94 milhões, representando uma redução de 96,6% em relação ao ano anterior, beneficiado por ganhos com variações monetárias e cambiais no segundo trimestre, devido à valorização do real em relação ao dólar.
O que MONEY REPORT publicou