Empresa anunciou mais cedo acordo de renegociação da dívida de cerca de R$ 4 bi com arrendadores de aeronaves
A companhia aérea Azul divulgou nesta segunda-feira prejuízo líquido ajustado de R$ 610,5 milhões para o quarto trimestre, alta de 40% sobre o desempenho negativo de um ano antes, segundo balanço.
A companhia apurou uma geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de cerca de R$ 1,1 bilhão, crescimento de 6,9% sobre o mesmo período de 2021.
A receita líquida somou R$4,45 bilhões nos três meses encerrados em dezembro, avanço de 19,4% na mesma comparação.
A Azul divulgou mais cedo que fechou acordo com empresas de leasing de aeronaves responsáveis por 90% de seus passivos de arrendamento. A companhia aérea informou ainda que o fluxo de caixa deverá ser positivo em 2024 “e nos anos seguintes” e que após os acordos a necessidade de caixa originalmente projetada para 2023 “será agora eliminada”.
A empresa vinha negociando dívidas acumuladas no último anos e, só em 2023 precisa pagar R$ 3,8 bilhões aos arrendadores de aviões e R$ 700 milhões aos bancos, segundo fontes do mercado. Segundo Alex Malfitani, CFO da companhia, o valor representa cerca de 80% da dívida bruta nominal da empresa.
Do total devido, R$ 3,2 bilhões são referentes ao aluguel anual das aeronaves e R$ 600 milhões ao valor postergado durante a pandemia.
Segundo fato relevante divulgado pela companhia aérea, os acordos são parte de um plano abrangente para fortalecer a geração de caixa da Azul e melhorar a estrutura de capital.
O que MONEY REPORT publicou