Ações da aérea caíram 4% no pré-mercado após rejeição da proposta de negociação
As ações da Boeing caíram mais de 4% no pré-mercado de Nova York nesta sexta-feira (13), após uma rejeição esmagadora dos trabalhadores à proposta de negociação salarial da fabricante de aviões e a aprovação de uma greve.
A proposta de acordo foi rejeitada por 94,6% dos trabalhadores representados pelo sindicato, que abrange mais de 32 mil funcionários no noroeste dos Estados Unidos. Em seguida, a proposta de greve recebeu aprovação de 96% dos trabalhadores, superando os dois terços necessários para a paralisação das atividades.
Jon Holden, presidente regional da International Association of Machinists and Aerospace Workers (IAM), afirmou que a Boeing deve negociar de boa-fé, citando práticas questionáveis, como “conduta discriminatória, questionamentos coercitivos, vigilância ilegal e promessas de benefícios ilegais”.
Stephanie Pope, CEO da unidade de aviões comerciais da Boeing, havia descrito o acordo provisório como a “melhor proposta que já apresentamos” e havia oferecido um aumento salarial escalonado de 25% ao longo dos próximos quatro anos, em vez dos 40% inicialmente solicitados pelos trabalhadores. A proposta visava tanto atrair novos talentos quanto reter os existentes.
A negociação inicial foi considerada uma vitória para o novo CEO da Boeing, Kelly Ortberg, que assumiu o cargo há cerca de um mês com a missão de reverter a situação da fabricante. A Boeing, que busca recuperar a confiança dos investidores e clientes após um acordo com a Justiça dos EUA, enfrenta atualmente um período turbulento. Em janeiro deste ano, uma porta do modelo 737 MAX se desprendeu de um jato durante o voo.
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