Rotor aberto promete uma melhoria de 20% na eficiência de combustível, mas enfrenta incertezas de projeto
Na busca pelo aumento da autonomia com economia de combustível e redução das emissões, a Boeing avalia tecnicamente o conceito de propulsão com rotor aberto (cutting-edge open fan engine, em inglês) para seu futuro jato comercial de rotas curtas e médias. A novidade pode ser instalada no substituto do veterano 737. Mas como em toda a solução tecnológica avançada, há dúvidas sobre sua adoção.
Entre as incertezas estão as possibilidades de aumento do peso estrutural e impactos aerodinâmicos, o que neutralizaria a vantagens sustentáveis. A decisão da Boeing segue indefinida, mas precisa ser tomada até 2027 para o atual cronograma ser mantido.
Desenvolvido pela CFM International, ao programa Rise (Revolutionary Innovation for Sustainable Engines) também significaria uma mudança considerável no visual do futuro jato de corredor único que pretende concorrer com as séries A320, da Airbus, e E-Jet, da Embraer. Desde 1984 a fabricante adota os turbofans da CFM como alternativa às versões mais modernas do 737.
O conceito de motor aberto Rise é fruto de uma iniciativa entre a GE Aerospace e a Safran que promete uma melhoria de 20% na eficiência de combustível em comparação ao atual turbofan Leap 1, que compete com o Pratt & Whitney PW1000G, também usado no A320. Desde o seu lançamento em 2021, o programa já completou mais de 250 testes de componentes e sistemas.
Apesar dos avanços, a Boeing se mantém cautelosa, declarando que ainda é prematuro discutir a questão. Enquanto isso, a Airbus se prepara para testes similares a partir de 2025, quando pretende testar um rotor aberto em uma das asas de um de seus A380.
Em resposta à Boeing, a CFM reafirmou o compromisso com inovações para a melhoria na eficiência e a redução de emissões, mas reconheceu que o Rise ainda não se consolidou. Isso levanta questões sobre a viabilidade econômica do emprego das pás expostas.
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