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CEO da AB-Inbev admite que empresa precisa se reinventar

Em entrevista ao jornal americano Wall Street Journal, o CEO da AB-Inbev, Carlos Brito, admitiu que a empresa precisa mudar sua cultura para seguir competindo no mercado mundial de bebidas. Na opinião do executivo, a companhia precisa abandonar o perfil “viciado em números” para se adaptar ao contexto atual, com a redução do consumo de bebidas nos principais mercados e o avanço das cervejas artesanais.

Brito considera que a empresa deve sair da zona de conforto para crescer.
“Você tem de se expor a coisas que te deixam desconfortável, seja porque não as conhece direito, seja porque você sabe que é algo que não faz muito bem”, afirmou.

Sócio do fundo 3G Capital, dono da AB-Inbev, Jorge Paulo Lemann tem admitido em entrevistas recentes que o modelo consagrado pela companhia, de corte radical de custos, foco total nos resultados e pressão sobre todos os funcionários tem dado sinais de esgotamento.

Por que é importante

Gigante no mercado mundial de bebidas, a AB-Inbev tem dívida superior a US$ 100 bilhões e viu o volume de vendas nos Estados Unidos, seu principal mercado, cair 2,5% no ano passado

Quem ganha

A linha de produtos artesanais da companhia, que deve receber um volume maior de investimentos nos próximos anos

Quem perde

Marcas como Brahma e Skol, que pertencem à empresa e têm perdido espaço com os novos hábitos de consumo

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