Dados estão na 27ª Global CEO Survey, pesquisa anual que ouviu mais de 4,7 mil líderes em mais de 100 países, incluindo Brasil
A indústria brasileira de consumo e varejo está direcionando seus esforços para desenvolver produtos, serviços e tecnologias com menor impacto climático. É o que aponta a 27ª edição da Global CEO Survey, pesquisa anual conduzida pela PwC, que nesta edição ouviu mais de 4,7 mil líderes em 100 países, incluindo o Brasil. Segundo o levantamento, 83% dos CEOs do setor no Brasil afirmaram ter projetos de inovação com esta finalidade, enquanto a média nacional é de 63%.
Além disso, a pesquisa revelou que 67% dos CEOs entrevistados estão implementando processos para melhorar a eficiência energética em suas empresas. Investimentos em soluções climáticas baseadas na natureza e em vendas que promovam a resiliência climática também foram destacados como prioridades.
Outra tendência abordada no relatório é o papel da inteligência artificial generativa nos negócios. Embora os resultados atuais relacionados à inclusão dessas tecnologias sejam modestos, as expectativas para o futuro são elevadas, tanto a curto quanto a longo prazo.
Em relação à inteligência artificial, apenas 17% dos CEOs afirmaram ter alterado suas estratégias tecnológicas nos últimos 12 meses devido a essa tecnologia. No entanto, 50% acreditam que ela melhorará a qualidade dos produtos no próximo ano, enquanto 33% esperam que aumente a confiança com os stakeholders.
Para os próximos três anos, 70% dos presidentes entrevistados acreditam que a inteligência artificial exigirá que a força de trabalho desenvolva novas habilidades. Além disso, 60% preveem um aumento na intensidade competitiva do setor devido à inteligência artificial e 63% esperam mudanças significativas na criação, entrega e captura de valor pelas empresas.
No que diz respeito aos impactos da inteligência artificial generativa, os CEOs destacaram benefícios como maior eficiência no tempo de trabalho dos funcionários (63%) e ganhos de produtividade (47%). No entanto, preocupações com cibersegurança foram mencionadas por 83% dos líderes da indústria de consumo, seguidas por responsabilidades legais e riscos de reputação associados ao uso da inteligência artificial.