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Cobasi e Petlove planejam expansão após movimento da Petz

Empresas do segmento de animais de estimação têm recursos a partir de aportes de fundos de investimento

O interesse da Petz em aquisições deve se refletir na reação dos rivais nos próximos meses, com o mercado esperando aquisições da Cobasi (a segunda maior rede do país) e da Petlove, a terceira mais conhecida pelo e-commerce. A Petz aproveitou a subsequente venda de ações de R$ 779 milhões (follow-up) e deu a entender que sua próxima compra pode vir do setor de saúde. Embora ainda não listadas em bolsa, Cobasi e Petlove são financiadas por contribuições de fundos de investimento privado para suas operações. A área da saúde e bem-estar animal deve motivar as três redes, seja pelo lançamento de serviços próprios ou por aquisição de negócios já em andamento.

Essa movimentação rumo a cristalização do setor por meio de aquisiçõs acelera também o interesse de investidores de primeiro estágio. Orlando Cintra, fundador e CEO do BR Angels, grupo de investimento anjo, afirma que há um interesse crescente em empresas de atuem na cadeia do segmento pet por causa tanto desses movimentos de aquisição quanto pela oferta de oportunidades de negócio. Cintra diz que o interesse central dos fundos anjo ainda são as fintechs, mas que é preciso sempre ter atenção em outros mercados.

Recursos dos grupos

Segundo o Estadão/Broadcast, a Cobasi formou um comitê para avaliar as melhores oportunidades de aquisição. Em meados do ano passado, o presidente da empresa, Paulo Nassar, comunicou que após receber R$ 300 milhões do fundo Kinea, do Itaú Unibanco, o dinheiro havia sido usado para expandir lojas físicas, vendas digitais e comprar a Pet Anjo. Serviços de embarque e caminhada anunciados em junho de 2021). “Novos M&A (M&A) têm que acontecer. Elas estão na mesa agora”, informou o executivo. A Cobasi deve abrir até 50 novas lojas físicas este ano – o ponto de venda também é usado como um pequeno centro de distribuição para vendas pela internet.

Já a Petlove recebeu, em agosto do ano passado, uma injeção de capital de R$ 750 milhões, liderada pela Riverwood Capital, com participação da Softbank Latin America e da Monashees. A companhia, fundada por Marcio Waldmann, está de olho no status de “unicórnio” (apelido dado às startups que valem mais de US$ 1 bilhão). A empresa comprou, em 2021, a DogHero, de serviços de passeadores e cuidadores de cães e gatos, e fechou parceria com a Porto Seguro para lançar seu plano de saúde para pets.

Apesar de estar capitalizada, a Petlove considera o cenário de inflação alta como um fator que pode reforçar a preferência por movimentos próprios de crescimento ao longo de 2022. A companhia faturou R$ 800 milhões em 2021, com projeção de chegar a R$ 1,1 bilhão neste ano. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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