Unificação entre os principais varejistas do mercado pet precisará de aval do Cade

As gigantes brasileiras do segmento de produtos e serviços para animais de estimação Cobasi e Petz anunciaram ao mercado, nesta sexta-feira (19), a assinatura de um memorando não vinculante para uma eventual fusão. O acordo criaria um negócios unificado com faturamento anual de R$ 6,9 bilhões, sendo R$ 3,8 bilhões da Petz e R$ 3,1 bilhões da Cobasi. As empresas possuem 483 lojas em 20 estados. São 249 unidades da Petz e 234 da Cobasi. Para avançar, o negócio precisará ser avaliado pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

Uma olhada do desempenho das empresas em 2023 sugere que a nova companhia teria um lucro ajustado antes de juros, impostos, amortização e depreciação (ebitda, na sigla em inglês) de R$ 464 milhões, divulgou a Petz.

O memorando de entendimento prevê que partes iguais entre os blocos de acionistas da Petz e da Cobasi. Os investidores da Petz receberiam R$ 450 milhões por meio de uma injeção de capital primário pré-transação feito pela família Nassar e pelo Kinea.

A Petz divulgou: “A operação implicará na união de duas companhias com modelos de negócios e direcionamentos estratégicos similares, com o fortalecimento da omnicanalidade na plataforma combinada, ganho de escala e potencialização da estratégia comercial”.

A fusão é cogitada desde agosto do ano passado. A Petz contou assessoria financeira do Itaú BBA e jurídica do Lefosse Advogados, a Cobasi foi atendida, respectivamente, pelo Morgan Stanley e Pinheiro Neto Advogados.