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Como funciona o novo avião-radar da Embraer

Radar de longo alcance foi construído com componentes de nitreto de gálio, que reduz o consumo de energia e gera menos calor

Desenvolvido pela Embraer em parceria com a empresa israelense IAI, o jato P600 Praetor AEW deverá contar com um radar de longo alcance construído com componentes de nitreto de gálio, uma nova tecnologia que promete ampliar o alcance e reduzir a interferências provocadas por sistemas de guerra eletrônico inimigos. Outra vantagem é reduzir o consumo de energia e gerar menos calor.

Trata-se de um segmento onde a Embraer já tem experiência. No final da década de 1990, a fabricante lançou o programa EMB-145 AEW&C, então baseado no jato comercial ERJ-145. O resultado do projeto foi o E-99, cujo radar tem um alcance de busca de até 450 km. O modelo hoje está com a força aérea do Brasil, Grécia, México e Índia.

Baseado no jato executivo Praetor 600, o P600 ainda não tem cliente, e foi apresentado na feira de defesa IDEX, nos Emirados Árabes Unidos. A ideia é fornecer uma aeronave mais barata, flexível e com capacidades que se aproximem de plataformas maiores.

Mais visão

Aviões equipados com grandes antenas de radar na parte superior são peças importantes no meio militar em operações de vigilância e alerta. Voando em grandes altitudes, os sensores podem “enxergar” de cima para baixo, o que as estações de radar em solo não conseguem captar em seu horizonte devido à curvatura da Terra, como pequenas embarcações e aeronaves em baixa altitude.

O radar, na banda S, deve ser capaz de fornecer uma cobertura de 240º, sem conter partes móveis. Os três operadores de sistemas a bordo também contarão com capacidades de guerra eletrônica, além de redes de dados e links para comunicações via satélite. Apesar do radar israelense, a integração fica a cargo do Arkhe, um gerenciador de missão desenvolvido pela brasileira Atech, empresa do grupo Embraer.

O P600 Praetor AEW poderá executar várias missões, tais como defesa aérea, alerta antecipado, comando e controle, eficiência da frota de combate, defesa territorial e vigilância marítima. O P600 AEW terá capacidade de recepção de ameaças-radar, poderá atuar como plataforma de comando e controle e terá um pacote de comunicação abrangente, além de um robusto sistema de autoproteção.

A Embraer também aposta nas características avançadas do Praetor 600. A aeronave tem velocidade de cruzeiro de Mach 0.8, autonomia de 7h30 e teto de serviço de 40 mil pés. O foco, porém, não deve ser nem Brasil, nem Israel, que têm seus modelos para missões AEW já em uso e em processo de modernização.

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