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Como vai funcionar o primeiro banco de favela

Na primeira fase de operação, o F Bank já abriu 30 mil contas, realizou 290 mil transações e movimentou R$ 21,8 milhões

O South Summit Brazil 2024 trouxe uma novidade que envolve milhões de brasileiros residentes em favelas. Em sociedade com José Renato Hopf, fundador da GetNet, o fundador da Central Única das Favelas (Cufa) e CEO da Favela Holding, Celso Athayde, lançou o F Bank, um banco focado nos moradores periféricos com conta corrente, gerentes, produtos de investimentos, seguros e empréstimos.

O projeto, que está em piloto há quase um ano, deve estrear oficialmente em setembro, e ganhou agora o apoio do Banco Pan, que deve entrar como sócio. Segundo Athayde, na primeira fase o banco já abriu 30 mil contas, realizou 290 mil transações e movimentou R$ 21,8 milhões. Para concluir o projeto, o grupo precisa de R$ 50 milhões, e o Pan vai entrar como minoritário. O CEO do F Bank é Rubens Gil Filho, que tem passagens por Rede, Getnet, Santander, entre outros.

O F Bank vai buscar uma licença de instituição de pagamento, mas a ideia é ter uma oferta bancária completa, com crédito, cartão, investimentos, seguro, conta para pessoa jurídica, entre outros produtos. Segundo Athayde, serão 5 mil “gerentes”, lideranças da Cufa treinadas para atender os clientes, ganhando comissão. Dados mostram que há quase 16 milhões de pessoas morando em favelas no Brasil, mas Athayde afirma que o banco atenderá a periferia em geral. “O plano não é ter uma base de 100 milhões de clientes, mas servir uma população que não é bem atendida pelos bancos”.

Athayde explicou que o Favela Bank não busca ter grandes margens nem competir com as maiores instituições. “Não vamos ter os custos de marketing, infraestrutura, que os grandes bancos têm. Os gerentes não serão empregados. E nosso banco vai fazer parte de um ecossistema da Favela Holding que já tem 27 empresas, o que lhe dará sustentabilidade. Não temos uma lógica pura e simples de banco. Nosso propósito é fomentar o desenvolvimento econômico das favelas promovendo inclusão ao sistema financeiro de forma facilitada”, pontuou.

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