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Conviva aposta em curtas temporadas para atingir R$ 30 milhões

Rafael Rossi, fundador e diretor-executivo, destaca as vantagens do modelo de locação ‘multifamily short stay

O mercado global de locação de curta temporada movimentou US$ 109,76 bilhões em 2022 e projeta um crescimento de mais de 100% até 2030, com receita superior a US$ 256 bilhões, segundo dados da Grand View Research.

Pensando nisso, a gestora de locação de imóveis para curta temporada Conviva está otimista para 2024. Fundada em 2016, a empresa prevê atingir uma receita bruta de R$ 30 milhões, mais que o dobro dos R$ 13 milhões alcançados em 2023.

Com uma receita média de R$ 8.350 por mês por imóvel e uma taxa de ocupação média de 80%, a empresa acredita estar bem posicionada para atingir seu objetivo. Rafael Rossi, fundador e diretor-executivo da Conviva, destaca as vantagens do modelo de locação ‘short stay’. “A locação de curta temporada rende mais que a tradicional e gera capital mais rapidamente, a partir do primeiro mês, com menor risco e maior valorização dos ativos. Além disso, os locatários pagam menos que diárias de hotéis e ficam em apartamentos mais personalizados, maiores e com cozinha,” afirma Rossi.

Serviços e estrutura

A Conviva oferece gestão dos imóveis que inclui consultoria de decoração, fotografia profissional, divulgação em múltiplas Agências de Viagem Online (OTAs), precificação inteligente, comunicação com locatários, gestão de check-in e check-out, limpeza, reabastecimento de geladeira, manutenções e relatórios financeiros. “Somos anfitriões profissionais e buscamos criar uma vivência, oferecendo experiências repletas de boas lembranças. Não cobramos uma taxa fixa mensal; a taxa de gestão é aplicada sobre a receita gerada, variando de 10% a 20% conforme o valor da diária base,” explica Rossi.

Expansão estratégica

A empresa gerencia mais de 330 unidades distribuídas em 62 edifícios na capital paulista. A empresa busca expandir suas operações com a compra de novos terrenos para projetos de “multifamily short stay”, seguindo o modelo americano de propriedades multifamiliares. Esses empreendimentos visam a redução dos custos operacionais e o aumento da qualidade do serviço para os hóspedes. O interesse por aluguel de curta temporada no Brasil cresceu 31% entre 2021 e 2022, com faturamento de US$ 5,2 bilhões (cerca de R$ 26,4 bilhões) em transporte, compras, atividades de entretenimento e restaurantes, segundo dados do AirBnB.

Perspectivas para longa temporada

Embora focada em estadias curtas, a Conviva também atua no segmento de longa temporada, oferecendo descontos gradativos. “Aqui, todos ganham, pois repassamos a economia feita com despesas de limpeza aos clientes, e os locatários aumentam os ganhos com a maior taxa de ocupação,” diz Rossi.

Histórico e estratégia de mercado

Membro da família fundadora da Rossi Residencial e managing director da HUMA Desenvolvimento Imobiliário, Rafael Rossi fundou a Conviva após perceber uma oportunidade no mercado de locações de curta temporada durante a crise de 2016. Desde então, a empresa cresceu substancialmente, e Rossi agora dedica a maior parte de seu tempo a esse negócio. Em 2021, a empresa faturou R$ 4 milhões, um número que subiu para R$ 13 milhões em 2023. A expectativa para 2024 é mais do que dobrar esse resultado, chegando a R$ 30 milhões. “A incorporação imobiliária é um negócio de capital intensivo e de risco considerável. No short-term rentals, sou prestador de serviço, com um modelo muito diferente baseado na geração de receita recorrente para mim e o investidor,” explica Rossi.

Em busca de acompanhar esse ritmo, a Conviva planeja a construção de imóveis próprios para locação, captando recursos de investidores e family offices. “A vontade é de fazer prédios não para vender, mas para oferecer o short stay, trazendo grupos de investidores, como fundos fiduciários e fundos imobiliários,” afirma Rossi.

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