Especialistas alertam que o aumento do nível do mar é um dos efeitos mais alarmantes do aquecimento global e pode impactar severamente regiões costeiras em todo o mundo
Diante da crescente ameaça do aumento do nível do mar, a Coreia do Sul está investindo em um projeto inovador para testar a criação de cidades flutuantes. A iniciativa busca proteger a população dos impactos das mudanças climáticas e pode se tornar uma solução global para áreas costeiras vulneráveis.
A cidade de Busan, no sul do país, foi escolhida para a experiência, que prevê a construção de estruturas flutuantes capazes de abrigar mais de 10 mil pessoas. Cada unidade será erguida sobre plataformas de concreto projetadas para se manterem suspensas na água, garantindo acesso a todos os serviços essenciais para o funcionamento de uma cidade.
O projeto envolve o Programa das Nações Unidas para Assentamentos Humanos (ONU-Habitat), o renomado estúdio de arquitetura BIG (Bjarke Ingels Group) e a empresa Oceanix, especializada em infraestrutura flutuante e urbanização sustentável.
Especialistas alertam que o aumento do nível do mar é um dos efeitos mais alarmantes do aquecimento global e pode impactar severamente regiões costeiras em todo o mundo. Projeções indicam que, se o nível dos oceanos subir 1,8 metro nos próximos 100 anos, diversas cidades litorâneas poderão ser submersas.
Um estudo recente estima que mais de 1 bilhão de pessoas que vivem em áreas costeiras poderão ser afetadas por inundações até 2100. Mesmo que o aumento da temperatura global seja limitado a 1,5°C, os oceanos continuarão a subir, exigindo soluções urgentes para mitigar os impactos.
Diante desse cenário, a implementação das cidades flutuantes é vista como uma estratégia promissora para a adaptação climática. Além de oferecer abrigo seguro, essas cidades podem reduzir a migração em massa e os danos socioeconômicos causados pelas mudanças climáticas.