Investimentos de R$ 7,9 bilhões estão previstos para modernização e manutenção do trecho
A EcoRodovias superou a CCR e outros concorrentes ao vencer a licitação da concessão rodoviária Nova Raposo, garantindo o direito de operar o trecho por 30 anos. O grupo apresentou uma oferta de R$ 2,19 bilhões em outorga fixa, que será paga ao governo do estado de São Paulo.
A disputa foi decidida sem a necessidade de uma fase de lances em viva-voz. A EcoRodovias apresentou a melhor proposta, superando a EPR, formada pela parceria entre Perfin e Equipav, que ofertou R$ 1,17 bilhão; a CCR, com R$ 1,04 bilhão; e a Via Appia, da Starboard, que propôs R$ 477,48 milhões.
“Ecorodovias já havia demonstrado apetite no leilão anterior (Sorocabana), perdido para a CCR na sessão de lances. A diferença para a CCR, segunda colocada, foi significativa — cerca de R$ 800 milhões. Isso evidencia que a precificação foi crucial, e a Ecorodovias apostou alto para evitar disputas por viva voz. Assim como em Sorocabana, o lance mínimo simbólico (cerca de R$ 5 milhões) deixou a precificação nas mãos dos interessados.”, explica o advogadoPaulo Henrique Dantas, sócio do escritório Castro Barros Advogados.
Concessão inclui trechos estratégicos
O contrato prevê investimentos de R$ 7,9 bilhões em melhorias e manutenção de 92 quilômetros de rodovias, incluindo parte do sistema Raposo Tavares-Castelo Branco, na região metropolitana de São Paulo. Atualmente, parte deste trecho é administrada pela ViaOeste, empresa do grupo CCR, cuja concessão está chegando ao fim.
A Nova Raposo é parte de um amplo processo de relicitação de rodovias no estado. No mês passado, a EcoRodovias participou da disputa pelo Lote Rota Sorocabana, também relacionado ao sistema Raposo Tavares-Castelo Branco, mas foi derrotada pela CCR, que venceu o leilão após uma acirrada competição de lances, com uma oferta de R$ 1,6 bilhão em outorga.