Setor movimenta anualmente mais de R$ 30 bilhões, fornece 14 milhões de refeições e deve ser contemplado com redução de alíquotas e cashback
Nesta quarta-feira (22), o Amcham Business Center, em São Paulo, foi palco do seminário “Mercado de Alimentação Coletiva: Tendências e Desafios”, promovido pela Associação Brasileira das Empresas de Refeições Coletivas (Aberc). O evento reuniu especialistas, operadores do setor e stakeholders em uma discussão sobre as perspectivas para o futuro da alimentação coletiva no Brasil.
O mercado de refeições coletivas, responsável por fornecer cerca de 14 milhões de refeições por dia para empresas, escolas e hospitais, movimenta anualmente mais de R$ 30 bilhões. Além disso, gera 285 mil empregos diretos e consome diariamente um volume impressionante de 7,5 mil toneladas de alimentos.
Segundo dados apresentados durante o seminário, o setor representa uma receita potencial de tributos da ordem de R$ 4,47 bilhões ao governo federal anualmente, entre impostos e contribuições. Estima-se que o segmento atenda diariamente 17,5% da população brasileira, fornecendo uma parte significativa das 35 milhões de merendas escolares servidas, de acordo com informações do PNA/FNDE.
Em um dos momentos mais esperados, Bernard Appy, secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, apresentou dados técnicos sobre a reforma e respondeu a perguntas cruciais. Para Appy, o texto do relatório do grupo de trabalho prevê redução de alíquota para os setores que favorecem alimentos e possibilidade de cashback. “Favorece [a reforma] a demanda de alimentos por definição, com certeza vai ter um efeito positivo na demanda”, complementou.
A programação do evento incluiu também palestras e painéis com especialistas do setor, como Daniel Mendez, presidente da Aberc e fundador da Sapore, Gustavo Meneses, diretor-executivo de importação da Friboi, Simone Galante, fundadora e CEO da Galunion, e Gonçalo Sá, da VGL Fusões & Aquisições.
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