Apesar dos cortes, a empresa manterá a meta de 8,5 milhões de veículos construídos em 2022
A Toyota Motor informou nesta terça-feira (15) que fará cortes adicionais de produção em março devido à escassez de chips semicondutores, reduzindo em 20% a meta para o segundo trimestre. É o segundo corte desde fevereiro. Entre 22 e 30 de março será suspensa a produção em duas fábricas no Japão, comprometendo a entrega de cerca de 14 mil minivans Noah e Voxy.
Na semana passada, a empresa anunciou que reduziria a produção por três meses a partir de abril para aliviar a pressão sobre os fornecedores, que estavam lutando com a escassez de chips e outras peças. A notícia segue o anúncio da Toyota na segunda-feira (14) de que interromperia a produção em sua fábrica de joint venture com o FAW Group, na cidade de Changchun, na China, devido a novas restrições ao covid. Apesar dos cortes, a Toyota manterá sua meta de produção de 8,5 milhões de veículos para o ano, disse o porta-voz.
Rivian e VW
A escassez global de chips tem atormentado empresas de fabricantes de smartphones a empresas de eletrônicos de consumo e fabricantes de automóveis, forçando empresas como a Toyota a cortar repetidamente a produção, mesmo com o aumento dos custos das matérias-primas.
A fabricante de veículos elétricos dos EUA, Rivian Automotive, alertou na semana passada que problemas na cadeia de suprimentos podem forçá-la a cortar a produção planejada pela metade este ano.
A montadora alemã Volkswagen comunicou nesta terça-feira que vendeu 2 milhões de carros a menos do que o planejado no ano passado devido à crise de chips e alertou que gargalos de fornecimento contínuos, altos preços de commodities e o conflito Rússia-Ucrânia podem atingir o crescimento em 2022.
Toyota, Volkswagen e outras montadoras pararam a produção em suas fábricas russas devido a interrupções na cadeia de suprimentos depois que o país invadiu a Ucrânia.
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