A B3 teve na segunda-feira (23) o pior pregão desde 24 de abril do ano passado. O tombo do Ibovespa (-4,87%) foi puxado principalmente pelo derretimento das ações ordinárias e preferenciais da Petrobras, que recuaram 20,5% e 21,5%, respectivamente, motivado pelas declarações críticas do presidente Jair Bolsonaro e as interferências no comando da empresa. O clima de incerteza afetou os papéis de outras estatais negociadas na bolsa, como Banco do Brasil, Eletrobras e BR Distribuidora – que o governo brasileiro ainda tem uma fatia. Segundo dados da Economatica, as perdas no valor de mercado das estatais apenas no primeiro pregão da semana totalizaram R$ 87,2 bilhões. O maior, evidentemente, foi da Petrobras (R$ 74,2 bilhões). Os rumores sobre a demissão de André Brandão da presidência fizeram o BB perder R$ 10,8 bi. Já o mergulho da BR ficou em R$ 1,9 bi. A Eletrobras, que chegou a afundar cerca de 10% durante as negociações, conseguiu uma recuperação com a possibilidade de uma Medida Provisória ser enviada ao Congresso para acelerar a privatização da companhia. As perdas ficaram em R$ 232 milhões.