Com 2,9 mil intenções de compra registradas, aparelho testado em Gavião Peixoto (SP) pode liderar segmento de mobilidade aérea elétrica autônoma
Foi uma das novidades de um evento voltado às apresentações da indústria aeronáutica. Subsidiária da Embraer para mobilidade aérea urbana, a Eve apresentou na tarde de domingo (21), no 45º Farnborough Airshow, no Reino Unido, o primeiro protótipo em escala real de sua aeronave elétrica autônoma de decolagem e pouso vertical (eVTOL). O aparelho é o primeiro de uma família desenvolvida e a ser construída no campo de testes da Embraer em Gavião Peixoto, no interior de São Paulo. O eVTOL deve ser lançado a partir de 2025. O valor de cada aparelho ainda não foi revelado. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) avalia a certificação do modelo.
Além do lançamento do protótipo que voará sem piloto, fazendo o papel de táxi aéreo a preços acessíveis em ambientes urbanos, a Eve também anunciou que concluiu a seleção dos principais fornecedores e segue com sua campanha de testes de voo e de recursos de segurança. “Não estamos apenas a criar uma aeronave, estamos a construir um ecossistema abrangente de soluções que moldará o futuro da indústria de mobilidade aérea avançada”, disse Johann Bordais, CEO da Eve Air Mobility.
Com cartas de intenções para 2,9 mil aeronaves, a maior do segmento, o eVTOL brasileiro utiliza um conjunto de oito hélices para pousos e decolagens verticais e asas convencionais para voos de cruzeiro. O conceito inclui um propulsor traseiro pusher alimentado por motores elétricos duplos (lift + cruise). A configuração garantiria desempenho, segurança e baixo índice de ruído, mantendo os custos operacionais reduzidos.
No início do mês, a Eve anunciou a captação de US$ 94 milhões mediante a emissão de ações ordinárias e opções de subscrição para financiar as primeiras unidades.
Para que o sistema funcione, a Embraer/Eve desenvolve em paralelo o Vector, um software de gerenciamento de tráfego aéreo urbano (Urban ATM) projetado para as operações de mobilidade aérea urbana autônoma. Será o Vector que gerenciará o tráfego de eVTOLs brasileiros.
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