Fabricante apostou por modelos lucrativos e focou em rentabilidade para contornar a falta de componentes em 2021
A General Motors Co divulgará nesta terça-feira (1°), os resultados financeiros do último trimestre de 2021 – e, por consequência, o resultado definitivo do ano passado. Em meio à crise de fornecimento de componentes (que afetou a produção de veículos em todo o mundo), há menos de cinco meses, a empresa detalhou o plano que promete dobrar as receitas anuais e aumentar a lucratividade.
De acordo com a própria CEO, Mary Barra, carros elétricos serão protagonistas nesta transformação. E a inauguração da Factory Zero, fábrica dedicada exclusivamente à montagem de modelos livres de emissões de poluentes, é um bom indicativo de que o cronograma para crescimento até 2030 já está colocado em prática. Só que, por enquanto, esses novos produtos ainda não chegaram às ruas.
Sem os frutos que só deverão ser colhidos ao longo deste ano – caso não haja novos imprevistos nas cadeias logísticas –, a General Motors cedeu a liderança de vendas nos próprios Estados Unidos pela primeira vez em 91 anos após ser ultrapassada pela Toyota. Ainda assim, Paul Jacobson, CFO, disse a investidores que o lucro operacional deverá ficar em 14 bilhões de dólares, segundo a Reuters.
Mesmo com queda de 13% nas vendas, que fecharam ano passado com 2,218 milhões de unidades e o pior resultado em doze anos nos EUA (com retrocesso de 43% nos resultados do último trimestre), o fabricante possivelmente apresentará um balanço financeiro saudável devido à estratégia adotada de priorizar modelos mais lucrativos (como é o caso de SUVs e de picapes) para fechar a conta.
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Por Gabriel Aguiar
Publicado originalmente em: https://cutt.ly/UOc8lgn