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Exame: Nubank tem receita recorde no 3º tri e primeiro lucro pós-IPO

Receita líquida da fintech alcançou US$ 1,3 bilhão, aumento de 171% na comparação anual

Nubank apresentou nesta segunda-feira (14), seu primeiro lucro positivo após a abertura de capital em dezembro do ano passado. A empresa reportou um lucro líquido de US$ 7,8 milhões no terceiro trimestre, revertendo um prejuízo de US$ 34,5 milhões no mesmo período do ano passado. No trimestre anterior, o Nubank havia registrado prejuízo de US$ 29 milhões.

O lucro líquido ajustado, que exclui a remuneração via opções de ações, ficou acima do esperado por analistas. O Nubank teve um lucro líquido ajustado de US$ 63,1 milhões no terceiro trimestre – um crescimento de 270% frente aos US$ 17 milhões registrados na comparação trimestral e acima do consenso Bloomberg, que espera um resultado de US$ 12 milhões.

Já a receita líquida da companhia alcançou US$ 1,3 bilhão no período – um novo recorde. A receita aumentou de 171% frente aos US$ 482 milhões apurados no mesmo intervalo do ano anterior.

“É isso que queremos mostrar para o mercado: que conseguimos encontrar um bom mix entre crescimento acelerado e rentabilidade”, afirmou David Vélez, fundador e CEO do Nubank.

Segundo a companhia, a combinação foi resultado da eficiência do Nubank, que conseguiu aumentar sua receita por cliente dentro de custos fixos. A receita média mensal por cliente ativo — ARPAC, na sigla em inglês —, que indica se o banco digital é capaz de monetizar sua base, aumentou para US$ 7,9, um crescimento de 61% na comparação anual.

Já o custo médio mensal de atendimento por cliente ativo permaneceu em US$ 0,8. “Isso mostra a capacidade do modelo do Nubank em gerar alavancagem operacional”, defendeu Vélez.

Vale lembrar que a base de clientes também está aumentando. O Nubank conta com 70,4 milhões de clientes, um crescimento de 46% em relação ao mesmo período do ano passado.

Para os próximos trimestres, a expectativa do Nubank é de continuar no azul, mas sem deixar de crescer. 

“Conseguimos navegar com lucro positivo, o modelo tem maturidade. Mas ainda não estamos em processo de maximização de lucro para os próximos trimestres. Vemos uma oportunidade gigantesca de crescimento nos próximos cinco anos e continuamos focados no longo prazo”, reforçou Vélez.

Inadimplência não assustou

A grande preocupação dos investidores com o resultado do Nubank era a inadimplência, que derrubou o resultado de grandes bancos como Bradesco e Santander. A expectativa era de que a fintech fosse mais atingida que os bancões por ter grande parte da carteira voltada para pessoas físicas, em cartões e empréstimos sem garantias – linhas mais arriscadas de concessão.

O cenário, no entanto, foi diferente. A carteira de crédito do Nubank fechou setembro em US$ 9,7 bilhões de dólares, alta 83% em 12 meses. 

A inadimplência subiu junto, tanto que o índice que indica atrasos de pagamentos acima de 90 dias avançou para 4,7% no trimestre, 0,6 pontos percentuais (p.p.) acima dos 4,1% registrados no ano passado.

Porém, o crescimento de 0,6 p.p. ficou abaixo do registrado por outros bancos, como Bradesco e Banco do Brasil, que tiveram alta em torno de 1 p.p. para o indicador.

Para Guilherme Lago, diretor financeiro (CFO) do Nubank, a explicação se deve, em parte, a uma questão de relacionamento. 

“Grande parte da piora da inadimplência do mercado se deu em relação às carteiras de mar aberto, ou seja, aquelas que não tem principalidade. E no nosso caso, mais de 50% dos clientes tem no Nubank a sua principal relação bancária”, explicou. O Nubank é o banco principal de 55% dos clientes que usam o banco há mais de um ano.

O CFO destacou ainda que o Nubank tem performado melhor que o mercado se observado a separação por faixa de renda. O índice de inadimplência para quem recebe menos de um salário mínimo é de 12,9% no mercado e de 6,5% no Nubank, informa a empresa. O segmento é o que apresenta a maior inadimplência entre as faixas de renda.

Lago argumenta ainda que a capacidade tecnológica do Nubank em gestão de dados tem sido um diferencial “em especial pras faixas de renda mais baixa onde existem poucos dados de mercado”.

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Por Beatriz Quesada

Publicado originalmente em: cutt.ly/iMmrWod

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